A importância do manejo da fertilidade do solo para aumento da produtividade agrícola

Dentre os diversos fatores de produtividade agrícola, o manejo da fertilidade do solo é a base para a busca das altas produtividades econômicas das culturas, destacou o Dr. Fábio Vale, da Adubai Consultoria Agronômica em sua palestra, durante o V Fórum Abisolo.

Segundo Vale, esse manejo inclui as análises de solo, as correções da acidez, e posteriormente as aplicações de fertilizantes, de modo a que as plantas tenham condições de se nutrirem por completo com os macronutrientes e micronutrientes. “Os fertilizantes podem ser aplicados via solo, tratamento de sementes ou mudas, e também via foliar. Importante ter em mente que essas práticas são complementares, isso é, num ciclo de uma cultura, todas essas formas podem ser importantes, cada uma delas focando na aplicação mais eficiente de cada um dos nutrientes”, explica.

O palestrante ainda mencionou que as aplicações via solo podem ser realizadas em pré-plantio em área total, nas covas ou sulcos de plantio, e também através de aplicações superficiais em faixas, conhecias como adubações de cobertura. “As aplicações via sulco de plantio são as mais importantes para aplicações de nutrientes em maior quantidade, sobretudo os macronutrientes como o nitrogênio, fósforo e potássio, e alguns micronutrientes”, afirma.

Atualmente, novos produtos tem sido utilizados, como os fertilizantes de liberação controlada e os organominerais, trazendo maior eficiência na utilização desses nutrientes. Já o tratamento de sementes é bastante utilizado para fornecer os micronutrientes cobalto e molibdênio, que necessitam ser aplicados em doses bem baixas, mas são imprescindíveis para as reações de fixação atmosférica do nitrogênio.

Já as adubações via tolete, uma prática quase que exclusiva para as operações de nutrição da cultura da cana-de-açúcar, tem se difundido com uma alta velocidade dentro do setor sucro energético. Ela é interessante por permitir a aplicação de micronutrientes de alta qualidade, além de também favorecer a aplicação de outros insumos, como os ácidos húmicos e os bioestimulantes, imprescindíveis para um maior desenvolvimento radicular da cultura. “Importante lembrar que todo manejo diferenciado deve ser avaliado pelos agricultores, e adotados quando as relações custo/benefício forem adequadas” finaliza.[www.abisolo.com.br ].