Estradas: e o problema continua, diz o Sindiatacadista/DF

Pesquisa da CNT revela que somente 26% das rodovias avaliadas são classificadas como boas. Para o Sindiatacadista/DF, o prejuízo não é só para o setor, como também para o consumidor final.

Brasília - Excesso de chuvas, tráfego intenso de veículos e falta de manutenção. A união desses ingredientes resultam em buracos nas rodovias semelhantes a crateras no chão, que provocam acidentes fatais e atrasa o transporte de cargas no país. Recentemente, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou a Pesquisa Rodoviária CNT 2007, mostrando que 73,9% dos 87.592 Km analisados possuem algum tipo de deficiência.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista/DF), Fábio de Carvalho, o setor atacadista é um dos maiores prejudicados com esse problema. “Devido às péssimas condições das estradas, o transporte de cargas fica comprometido, atrasando a entrega das mercadorias decorrentes das constantes trocas de pneus e dos acidentes”, justifica.

Além disso, o gasto com manutenções corretivas e preventivas para manter a frota de caminhões em bom estado aumenta. “Com as estradas esburacadas, o tempo de vida útil de um veículo diminui. No fim das contas, quem sai penalizado é o consumidor final, pois o prejuízo desses reparos são todos repassados nos preços do produtos”, explica.

Da malha pesquisada 10,5% foram classificadas como ótimas; 15,6% boas; 40,8% regulares; 22,1% ruins; e 11% péssimas. As dez rodovias com melhor qualidade no país estão localizadas em São Paulo e são administradas por empresas privadas. Já as dez piores estão nas regiões Norte e Nordeste e são gerenciadas pelo setor público.

O governo federal liberou R$ 7,5 bilhões para a melhoria do setor de transporte no país este ano, mas apenas R$ 4,7 bilhões haviam sido empenhados até setembro. De acordo com a CNT, seriam necessários R$ 23,4 bilhões para que todas as rodovias fossem classificadas como ótimas.

Sobre o Sindiatacadista-DF - O Sindiatacadista/DF, criado em dezembro de 2001, representa 24 segmentos da economia em Brasília, entre os quais estão o comércio atacadista de gêneros alimentícios, autopeças, drogas e medicamentos. Ao todo, já são mais de 1.200 empresas atacadistas instaladas no DF.