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27/08/2013 - 09:18

A Rota do Café do Cerrado Mineiro: da lavoura ao porto

No mês que o Brasil sedia o maior evento mundial da cafeicultura “A Semana Internacional do Café”, que acontecerá em Belo Horizonte, de 9 a 13 de setembro, idealizado pela Organização Internacional do Café (OIC), que também completa a sua 50ª edição, a Exposição Agropecuária de Uberlândia – Camaru 2013 antecipa-se incluindo em sua programação de 50 anos a Rota do Café do Cerrado Mineiro: da lavoura ao Porto. A iniciativa é uma parceria firmada entre o Sindicato Rural de Uberlândia, a Emater e a Flanar Turismo Técnico e Cultural.

Serão várias atividades que tem por objetivo apresentar a estudantes, profissionais que atuam em cafeterias e em ramos afins ou simplesmente aos apreciadores, a cadeia produtiva do café cultivado nas regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas. Além disso, será demonstrado um o conjunto de elementos históricos, econômicos, culturais e técnicos inerentes, utilizando como principal recurso o turismo técnico e cultural.

Mais do que uma atividade contemplativa, o turismo tem ampliado seu conceito e aplicação tornando o conjunto de informações acerca do café pertinentes, contextualizados e reais. Faz da “viagem” um elemento motivador para dar encanto ao conhecimento, na medida em que articula os diversos saberes e realidades num ambiente divertido e curioso, interagindo os participantes por meio de observações, informações e experiências sensoriais.

As atividades optam por focar o roteiro nas cidades de Patrocínio, Araguari e Monte Carmelo, em razão de sua relevância no cenário da produção cafeeira, sobretudo no estado de Minas Gerais, evidenciado como o maior produtor de café do país e pelo fato de ser a primeira região do Brasil a obter a certificação de indicação geográfica.

De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura Pecuária e Abastecimento (SEAPA/MG), Minas Gerais é o maior produtor nacional de café, com mais de um milhão de hectares plantados. O Estado é responsável por aproximadamente 50% da safra brasileira. O café é o principal produto de exportação do agronegócio mineiro e é vendido para mais de 60 países do mundo. O Café do Cerrado supera os indices de produtividade nacional chegando à média de 24 sacas por hectare.

Quanto à cafeicultura no Cerrado Mineiro, até a década de 1970, a região era considerada como área de reduzido potencial agrícola. Coube a um grupo de agricultores amparados por ações governamentais superar obstáculos impostos naturalmente à produção agrícola (chuvas irregulares, baixa fertilidade dos solos, sistemas de produção insuficientes, distância dos grandes centros) e marcar o início da revolução no cerrado mineiro. Graças às pesquisas agronômicas, à tecnologia, à mecanização e à topografia plana, as lavouras de café nos municípios do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste tornaram-se referência nacional quando o assunto é pesquisa em técnicas e processos, produtividade e qualidade dos grãos.

Quando me é servida uma xícara de café, tipicamente mineiro, acompanhado de pão de queijo ou do bolo de fubá, me remete a várias perguntas. Quem será que teve a ideia de colher os grãos, torrá-los, moê-los, misturá-los em água quente para, só depois, tomar uma bebida revigorante? De quem foi a iniciativa de introduzir a cafeicultura para essas bandas de Minas? Quem foram esses desbravadores? O que trouxeram de diferente no plantio?

A Rota do Café do Cerrado Mineiro propõe-se a responder a essas indagações e recompor de forma inteligente e fascinante essa história. Você está convidado a embarcar nessa viagem.

Programação com embarque na portaria principal do Camaru: “Oficina de Preparo de Produtos Derivados de Café (tortas, bolos, mouses)”, dia 31 de agosto (sábado), das 9h às 12h, no estande da Emater. 20 vagas.

“Workshop sobre Técnicas de Preparo de Café”, dia dia 1º de setembro (domingo), das 9h às 12h, no estande da Emater.

“Palestra Técnica sobre Certificação de Cafés Especiais de Minas Gerais”, dia 2 de setembro, das 9h às 12h no estande do Emater; 25 vagas.

“Visita Técnica a uma propriedade produtora de café (profissionais de cafeteria)”, dia 3 de setembro, das 7h às 15h.Embarque na portaria principal do Camaru. 25 vagas.

“Visita Técnica a uma propriedade produtora de café (estudantes de Agronomia), dia 3 setembro, das 7h às 15h. 25 vagas.

.Perfil de Viviane Lemes – Formada em História e Direito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com especialização em Historiografia e Movimentos Sociais (Instituto de História da UFU), Guia de Turismo Nacional e América do Sul. Há 20 anos atua como educadora. Proprietária da Agência Flanar Turismo Técnico e Cultural. Elabora e executa projetos de visitas técnicas para cursos de graduação e pós-graduação de instituições de ensino do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba objetivando aproximar conhecimento teórico e prático por meio de atividades turísticas. Foi idealizadora e responsável pela execução de vários projetos dentre eles: “A Rota do Café do Cerrado Mineiro: da lavoura ao porto”, “O Caso Irmãos Naves: a história de um erro” e “Circuito Niemeyer: a arquitetura da invenção”, “Brasília e Tribunais Superiores: capital de sonho, poder e arte”.

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