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20/11/2007 - 11:14

Ciúme – O lado amargo do amor

O autor mergulha no tema do ciúme, mostrando as causas de seu surgimento e suas conseqüências para as relações afetivas – como dependência, perda de auto-estima e até distúrbios psicológicos graves.

Muitas vezes idealizado e até romantizado, o ciúme – esse sentimento tão comum aos seres humanos que amam – é, no entanto, expressão de desconfiança e insegurança. Se, de início, as demonstrações de posse podem até “apimentar” o relacionamento, com o tempo tornam-se reações cada vez mais descontroladas. No livro Ciúme – O lado amargo do amor (112 pp., R$ 25,90) – em segunda edição revista, lançado pela Editora Ágora –, o psiquiatra Eduardo Ferreira-Santos mergulha fundo no tema. Ele explicita as causas e as conseqüências dramáticas para as relações afetivas (como dependência, perda de auto-estima e até distúrbios psicológicos graves) e aponta possíveis saídas para situações neuróticas.

“O livro lança luzes sobre um sentimento negativo e de dimensões imprevisíveis. Uma cena de ciúme pode terminar em apenas uma briga tola entre casais, mas pode ser também o estopim que detona crimes passionais”, esclarece o psiquiatra. Estudioso do tema há mais de vinte anos, Ferreira-Santos trata de dezenas de pacientes com o problema. Segundo ele, a pessoa ciumenta impõe a si própria e às vítimas do seu ciúme um grande sofrimento, que se faz presente nas mínimas coisas do cotidiano.

A obra analisa particularmente o ciúme excessivo e doentio. Nesses casos, afirma o psiquiatra, a desconfiança é o “alimento” principal. “O ciumento sempre desconfia da outra pessoa. Por isso jamais acredita nela, mesmo que esta consiga provar que suas suspeitas são fantasiosas e infundadas. Por aí se pode perceber que o ciúme se apresenta quase como um verdadeiro delírio, ainda que esse termo seja reservado para casos mais graves”, afirma.

O psiquiatra lembra que o ciúme faz parte da nossa raiz histórica. Segundo ele, herdamos a idéia de que esse sentimento é prova de amor. “É conveniente lembrar a célebre frase de santo Agostinho: ‘Quem não sente ciúme é porque não ama’”. Essa herança, diz ele, de certo modo ajudou a absolver o ciúme ou pelo menos torná-lo aceitável, apesar de todos os problemas que provoca.

No livro, Ferreira-Santos trata também do ciúme entre amigos, irmãos, colegas de trabalho e até entre pais e filhos. O objetivo é mostrar todas as nuanças que dão ao ciúme uma conotação muito mais próxima da posse, da insegurança e do egoísmo do que do amor.

O autor - Eduardo Ferreira-Santos é psiquiatra e psicoterapeuta de adultos e adolescentes. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 1977, especializou-se em Psiquiatria. É médico-supervisor no Serviço de Psicoterapia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP, onde coordena um grupo de atendimento a vítimas de seqüestro que desenvolveram o transtorno de estresse pós-traumático. É mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e doutor em Ciências Médicas pela FMUSP.

Além do trabalho no HC e em consultório particular, atua como professor convidado em várias universidades, institutos e associações médicas e psicológicas, onde ministra palestras e aulas sobre diversos temas da especialidade. É autor de vários outros livros, entre eles Psicoterapia breve — Abordagem sistematizada de situações de crise (Ágora) e Transtorno de estresse pós-traumático em vítimas de seqüestro (Summus).

Editora: Ágora, 112 páginas,ISBN: 978-85-7183-034-9, por R$ 25,90 | Atendimento ao consumidor: (11) 3865-9890 | Site: www.editoraagora.com.br

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