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28/08/2013 - 08:22

Para enfrentar os desafios do futuro, pesquisadores defendem mudanças no perfil do Porto de Santos

Realocação portuária para a margem esquerda e ampliação da competitividade pela especialização foram algumas das teses defendidas durante os debates realizados neste segundo dia de Santos Export - Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos.

O Porto de Santos deveria seguir a tendência mundial de especialização e oferecer soluções competitivas com alto valor agregado. Quem defende estas alternativas é o doutor em Planejamento de Transporte e Logística pela University of Illinois at Urbana Champaign (EUA), Paulo Tarso Vilela de Resende, que foi um dos palestrantes do painel “Acessos: o futuro do Porto de Santos”, durante o Santos Export – Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos, evento que acontece no Mendes Convention Center, em Santos (SP).

“O complexo deve ser reconhecido pelas empresas por suas vantagens e não por ser o único caminho para a movimentação de cargas. Para isso, especializar-se em oferecer condições diferenciadas dentro do seu pilar estratégico, as commodities, é fundamental para que o porto tenha um perfil mais adequado para enfrentar os desafios do futuro”, afirmou Vilela. Ele cita como exemplo o Porto de Hamburgo (Alemanha), que superou um círculo de baixo valor agregado de produtividade por meio do soluções multimodais e eficiência operacional.

O coordenador do Centro de Inovação em Logística e Infraestrutura, Rui Botter, também defende mudanças no perfil do cais santista. A alternativa para problemas como o gargalo logístico, segundo ele, está na realocação portuária para a região da margem esquerda do porto, incluindo Barnabé e Bagres. “Precisamos de uma visão a longo prazo e pensar Santos daqui a 50 anos. Hoje, a cidade está comprimindo o porto e o porto está comprimindo a cidade. Isso precisa mudar encontrando novas área de operação”, destacou.

Durante a mesa redonda “Os problemas logísticos do Porto de Santos e soluções a curto, médio e longo prazo”, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, também defendeu mudanças no perfil do complexo. “Precisamos explorar a área continental (localizada na margem esquerda do porto) para expandir as atividades portuárias. O conflito com a cidade hoje é muito grande. A operação de grãos próxima à Ponta da Praia, por exemplo, fez com que o bairro ficasse com o terceiro pior indicador de qualidade de ar do Estado”, disse.

Porto Indústria - A prefeita de Cubatão, Márcia Rosa, aproveitou o Santos Export para apresentar uma proposta para diminuir o impacto dos congestionamentos de caminhões que afetam a região: uma via de 11,2 quilômetros que ligaria o porto ao complexo industrial do município, sem causar conflitos diretos na área urbana.

A prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito, também anunciou novidades durante o Fórum. Ela confirmou a concretização de uma parceria entre a prefeitura e o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) para alavancar estudos sobre logística no município. “É uma vocação da cidade. Além do porto, teremos em breve o primeiro aeroporto civil na região, que pode contribuir para a intermodalidade no transporte de cargas”, disse.

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