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20/11/2007 - 11:21

Presidente Eleita da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner no Brasil


A convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente eleita da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, em visita à Brasília no dia 19 de novembro, ocasião em que manteve encontro privado com o presidente da República e participou de reunião ampliada de trabalho com a presença de Ministros de Estado e de outros altos funcionários brasileiros.

A visita é a primeira de caráter bilateral ao exterior realizada pela presidente eleita da Argentina. Quando ainda era candidata, a senadora Cristina Fernández de Kirchner veio ao Brasil para reafirmar a aliança estratégica entre os dois países.

O presidente Lula e a presidente eleita da Argentina procurarão dar impulso político a projetos prioritários e iniciativas conjuntas nas mais variadas áreas do relacionamento bilateral. O fortalecimento do diálogo e da cooperação entre o Brasil e a Argentina é fundamental tanto para a projeção dos interesses e valores de ambos os países quanto para a consecução dos respectivos projetos nacionais de desenvolvimento.

Brasil e Argentina criam comissão bilateral para impulsionar áreas de cooperação - O Brasil e a Argentina decidiram criar uma comissão bilateral, coordenada pelos presidentes dos dois países, para impulsionar áreas de cooperação em energia, ciência e tecnologia, defesa, integração produtiva, espacial e nuclear e também em temas sociais.

O anúncio foi feito pela presidente eleita da Argentina, Cristina Kirchner, após reunião privada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e encontro ampliado com ministros brasileiros e argentinos.

A comissão terá dois encontros anuais - o primeiro deles deve acontecer em fevereiro de 2008, em Buenos Aires.

A construção de uma usina hidrelétrica binacional no Rio Uruguai - projeto batizado de Garabi - será uma das prioridades da primeira reunião, de acordo com o assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. O tema deve ser tratado pelos chanceleres brasileiro, Celso Amorim, e argentino, Jorge Taiana, com outros ministros durante a próxima cúpula de presidentes do Mercosul, no dia 18 de dezembro, em Montevidéu, Uruguai.

"[Os dois chanceleres] Vão tratar exatamente de preparar um programa de ação, e esse programa vai ser, de uma certa maneira, o que vai orientar o próximo encontro dos dois presidentes", antecipou Marco Aurélio Garcia. "Há disposição concreta de levar adiante isso", assegurou.

A cooperação em matéria nuclear e espacial também interessa particularmente ao governo brasileiro, segundo Marco Aurélio Garcia.

"A idéia que apareceu mais nas conversas foi de, em primeiro lugar, inventariar todas as iniciativas nucleares que há de uma parte e de outra", disse o assessor espacial da Presidência, destacando que há iniciativas semelhantes nos dois países, como o enriquecimento de urânio.

"É preciso ver, concretamente, a possibilidade de uma iniciativa conjunta. Gostaríamos muito que tivéssemos uma cooperação muito estreita na questão espacial e na questão nuclear", afirmou.

Os temas de interesse comum serão discutidos pelos presidentes semestralmente, cada vez em um país. No intervalo, as questões serão encaminhadas por subgrupos temáticos coordenados pelos ministros de cada área.

"Propus que fixemos metas, fixemos objetivos e prazos para alcançar essas metas e objetivos de modo que as discussões que vamos ter não sejam apenas um exercício de 'reunionismo', como dizemos na Argentina, mas de resultados concretos", afirmou Cristina Kirchner.

Ela destacou a importância do novo mecanismo para o aprofundamento da integração "estratégica" entre o Brasil e a Argentina e para o fortalecimento da região como bloco.

"O presidente Lula insistiu muito na necessidade de uma cooperação entre (a estatal argentina) Enarsa e Petrobras, inclusive nessa questão de prospecção em águas profundas", disse ao término do encontro Marco Aurélio García, assessor de política externa da Presidência.

A Petrobras, que tem uma reconhecida experiência e tecnologia na extração de petróleo em águas profundas, anunciou dias atrás a descoberta de um megacampo petrolífero na bacia de Santos, em águas profundas.

Cristina, em uma breve declaração aos jornalistas, disse que se comprometeu com Lula a manter dois encontros anuais para se buscar "resultados concretos" na integração entre os dois países.

Participaram da reunião ministerial, no Palácio Planalto, oito ministros brasileiros, entre eles o de Relações Exteriores (Celso Amorim), Defesa (Nelson Jobim), Minas e Energia (Nelson Hubner) e Fazenda (Guido Mantega), além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Luciano Coutinho), e o diretor da área Internacional da Petrobras (Nelson Cerveró).

Pelo lado argentino, participaram quatro ministros que continuarão em seus cargos e dois futuros ministros – da Economia (Martin Lousteau) e da Ciência e Tecnologia (Lino Barañao).

Foi a primeira visita bilateral de Cristina Kirchner como presidente eleita. Ela tomará posse no dia 10 de dezembro e o presidente Lula deve participar da cerimônia. | Por: Fator Brasil e Mylena Fiori/ABr e Guido Nejamkis/Reuters.

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