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29/08/2013 - 07:41

Santa Casa de Diamantina amplia CTI

Com o objetivo de aprimorar a gestão dos dados clínicos das unidades intensivas, a equipe médica do Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Santa Casa de Diamantina, que dedica 100% de seus serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS), substituiu a criação de planilhas e fórmulas matemáticas, recursos até então usados para o monitoramento da qualidade assistencial, pela utilização de um sistema informatizado. O uso da ferramenta deu maior precisão ao gerenciamento da qualidade e da segurança no atendimento aos pacientes e aprimorou a gestão dos recursos públicos aplicados no CTI.

O monitoramento mais preciso dos dados clínicos das unidades intensivas foi fator determinante para aprovação de um plano de trabalho, orçado em cerca de R$ 1,7 milhão, que definiu a estrutura e os recursos necessários para o aumento do número de leitos do CTI, de 10 para 20 unidades. O planejamento foi apresentado à Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais e, durante a reunião, os médicos puderam acessar o software e demonstrar, em tempo real, dados clínicos do CTI como o número de pacientes internados, o tempo de permanência e a taxa de infecções hospitalares.

“Com a exposição dessa gama de dados clínicos relacionados à gestão eficiente da unidade, o plano de trabalho foi autorizado rapidamente. O sistema nos ajudou a demonstrar os bons resultados da adequada aplicação dos recursos públicos”, explica o Dr. Marcelo Ferreira, coordenador do CTI e diretor técnico da Santa Casa de Diamantina. Após a aprovação do planejamento, os equipamentos foram licitados e já estão sendo entregues. A previsão é que todos os equipamentos cheguem entre 60 e 90 dias e que as novas unidades estejam funcionando até dezembro de 2013.

Segundo o Dr. Marcelo, o apoio que a Santa Casa tem recebido do governo do Estado, por meio de recursos financeiros, é fundamental para a sustentabilidade do serviço prestado à população. "Agradecemos ao secretário estadual de saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, e ao seu antecessor e atual deputado federal, Marcos Pestana, que enxergaram o potencial da instituição e a sua importância como centro de referência macrorregional em saúde na região do Vale do Jequitinhonha", afirma.

A inserção de dados no sistema Epimed foi instituída como uma das tarefas a serem realizadas durante os plantões no CTI e a análise das informações clínicas tornou-se parte da rotina diária da equipe médica. “O fluxo de inserção das informações começa quando a secretária coloca os dados de identificação do paciente no sistema. Na sequencia, a enfermagem entra com informações sobre uso de dispositivos invasivos e controle de eventos adversos. A nutricionista faz o cálculo estimado de peso e altura. A fisioterapeuta insere dados sobre o tempo e parâmetros de ventilação mecânica. E o médico indica os diagnósticos, comorbidades e informações que irão gerar os índices prognósticos com base na avaliação de escalas e pontuações sobre o quadro clínico do paciente”, detalha o gestor.

As equipes médicas imprimem e avaliam, a cada 15 dias, relatórios com gráficos que apresentam dados atualizados sobre curva de mortalidade, sobrecarga do trabalho de enfermagem, surtos, infecções, entre outros dados clínicos. Os relatórios são apresentados à diretoria em reuniões administrativas mensalmente. Para exemplificar a interferência do uso do sistema na tomada de decisões no CTI, o Dr. Marcelo revela: “Se a taxa de infecção aumenta, os relatórios gerados pelo sistema, em tempo real, nos chamam a atenção e, rapidamente, a equipe da CCIH intervém para controlar o índice”.

O uso do sistema serviu também como base de dados para dois estudos, apresentados durante o Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva em Fortaleza, em 2012. A equipe de Fisioterapia da Santa Casa de Diamantina fez estudos sobre o uso de ventilação mecânica e sobre o perfil epidemiológico dos pacientes internados na unidade. A equipe, mais atenta aos sinais fornecidos pelo sistema Epimed, conseguiu diminuir o índice de complicações relacionadas ao uso de dispositivos invasivos e, com isso, reduziu a taxa de infecções.

Localizada no Vale do Jequitinhonha, a 280 Km de Belo Horizonte, a Santa Casa de Diamantina realiza por ano cerca de 500 internações no CTI e, com a ampliação do número de leitos, irá viabilizar o funcionamento do primeiro serviço de Hemodinâmica (área especializada na realização de procedimentos de diagnóstico e intervenção de doenças vasculares, principalmente as doenças coronarianas) da região, aumentando sua capacidade resolutiva e garantindo qualidade assistencial à população.

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