Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

29/08/2013 - 08:18

Almir Mavignier, da jornalista Daniela Name

Um dos maiores nomes do construtivismo brasileiro, o artista Almir Mavignier, ganha o primeiro livro sobre sua obra. Com texto inédito da crítica, jornalista e curadora Daniela Name, depoimento do artista Abraham Palatnik e cronologia comentada de Fernanda Lopes, a edição tem o selo da Memória Visual e foi possível graças ao edital Artes Visuais 2011, da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. A publicação será lançada no dia 2 de setembro, às 19h, na Casa de Cultura Laura Alvim, com noite de autógrafos precedida por debate sobre a obra do artista, com Daniela Name e Fernanda Lopes.

No texto “A dança da forma”, a autora destaca que “a importância de Mavignier reside, entre outras coisas, no fato de sua biografia ter conseguido conjugar três vértices de um momento riquíssimo para a arte brasileira: o amadurecimento de um pensamento moderno vinculado ao desejo de transformação política e social do Brasil; as vanguardas construtivas, representadas pelo Concretismo e pelo Neoconcretismo e o nascimento de um design genuinamente nacional, embora filiado desde a medula à Escola de Ulm, na Alemanha, onde o artista estudou”.

Outro ponto fundamental é a relação de Mavignier com o então Centro Psiquiátrico Nacional, no bairro carioca do Engenho de Dentro. Sob o comando da psiquiatra Nise da Silveira, o artista instalou no hospital a oficina de artes que revelaria talentos como Emygdio de Barros e Fernando Diniz, artistas do hoje Museu de Imagens do Inconsciente. Outro destaque do livro é a relação entre a loucura como um dado pouco estudado na eclosão do construtivismo brasileiro, especialmente o Neoconcretismo, assinalando que a troca de influência entre os artistas Mavignier, Palatnik e Ivan Serpa e do crítico Mario Pedrosa com esta “produção do inconsciente” acontece no fim dos anos 1940 e é anterior aos manifestos Concreto e Neoconcreto. “Não seria exagero, então, dizer que uma das origens do movimento construtivo carioca reside nessa convivência fronteiriça entre arte e loucura, na exploração de um território marginal no hospital psiquiátrico”, assinala Daniela, lembrando que as obras de Mavignier e Palatnik mudaram radicalmente depois da convivência com os “clientes” de Dra. Nise.

Mavignier é carioca e nasceu em 1925. Partiu para a Europa em 1951, estudou em Paris, e logo depois se mudou para a Alemanha, onde estudou design na Escola de Ulm e casou-se com Sigrid. Desde então, vive em Hamburgo. Hoje com 88 anos, o artista teve problemas recentes de saúde que o impedirão de estar presente ao lançamento, mas acompanhou com muito entusiasmo cada passo da elaboração do livro.

O projeto foi realizado com o patrocínio do Governo do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura – Edital Artes Visuais 2011.

.[Almir Mavignier, dia 2 de setembro de 2013 (segunda-feira), às 19h, na Casa de Cultural Laura Alvim, Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema, Rio de Janeiro]. Na ocasião será realizada uma palestra com a autora e a jornalista e crítica de arte Fernanda Lopes.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira