Cheguei aos 40. E agora?

Os desafios e dilemas que as mulheres enfrentam ao entrar nesta fase da vida são abordados no livro ‘Memórias de uma Envelhescente’, da médica Judith Nogueira.

O que representa chegar aos 40 anos? É tempo de mergulhar na crise dos 40? Ou vale a máxima que a vida começa aos 40? Nessa etapa da vida, as mulheres enfrentam dilemas e desafios: engravidar não é mais tão fácil; as rugas ficam expostas; o metabolismo não é mais o mesmo; enxergar de perto vira uma batalha. Por outro lado, existem novas descobertas que podem compensar as possíveis frustrações. A maturidade, aprender a gostar de si mesma e a espiritualidade são vantagens que o tempo pode trazer. São esses temas que a médica e palestrante Judith Nogueira aborda no livro “Memórias de uma Envelhescente” (Editora Regência, 144 páginas), que mistura relatos autobiográficos bem humorados, reflexões instigantes e não se furta de pequenos cuidados necessários com o corpo e a saúde.

Aos 40, a vaidade feminina entra em xeque. “Certamente os períodos mais críticos em relação à aparência são a adolescência e a envelhescência, justamente os períodos de transição”, escreve a autora. “Essa é uma idade crítica, um momento de decisão importante sobre o que queremos para nossa vida e nossa velhice”.

O lado médica da autora também entra em campo para abordar a vaidade. “A pele, cedo ou tarde, vai mostrar sinais de desgaste, por mais que se cuide. Mas zelar pela coluna é um investimento e tanto para o futuro”, escreve.

Para quem teve filhos, a autora alerta para os riscos da ‘síndrome do ninho vazio’. À medida que os filhos crescem e se preparam para a independência, as mães já sofrem com a provável falta de função.

O livro - O termo envelhescente é aquela fase preparatória para se adentrar na velhice, um tipo de adolescência da maturidade. O problema é quando se vive o que a autora chama de “Síndrome do Chapolin e do Chaves”, em referência ao seriado de TV que tem personagens infantis protagonizados por atores de meia idade. “É o que está acontecendo com muita gente que não percebe que o tempo passou e continua agindo como criança”, escreve. Com certeza, você conhece “um adulto que mais parece um bebê sentado no cadeirão, esperando que alguém lhe traga sua papinha”.

Autora-Judith Nogueira é médica, professora universitária, palestrante e escritora. Escreve crônicas sobre casos verídicos do universo hospitalar no Jornal da Humanização do Hospital Heliópolis e é autora dos livros de ficção Contos Sem Fadas e do Movimento ao Verbo.

Memórias de uma Envelhescente, com formato de 16X23 cm | 144 Páginas | Editora Regência | R$ 24,90.