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30/08/2013 - 09:47

Mulheres contra o abuso

Em agosto, a África do Sul comemora o Mês Nacional das Mulheres, celebrando as grandes conquistas alcançadas pelas mulheres do país. Agora também é um momento pertinente para refletirmos os desafios que enfrentamos diariamente. O Departamento de Justiça estima que uma em cada quatro sul africanas seja sobrevivente de abuso doméstico, e de acordo com a ONG Contra Abuso às Mulheres (POWA, na sigla em inglês), uma em cada seis mulheres que morrem na província de Gauteng, onde Joanesburgo se localiza, é morta por um parceiro íntimo.

O Instituto de Estudo de Segurança fez uma pesquisa baseada em violência sexual e detectou que 90% das mulheres entrevistadas tinham sofrido abuso emocional, sendo humilhadas publicamente; 90% também sofreram algum tipo de violência física, sendo empurradas, estapeadas ou espancadas; 71% foram abusadas sexualmente; 58% tiveram abuso econômico (com dinheiro sendo retirado sem consentimento) e um alarmante índice de 42,5% das mulheres sofreram todos esses abusos simultaneamente.

Em mais da metade dos casos reportados, o abuso foi cometido pela pessoa mais próxima da vítima: parceiros, maridos ou namorados. De acordo com o Conselho de Pesquisas Médicas, as mulheres jovens são as mais vulneráveis a esse tipo de comportamento violento, juntamente com a coerção sexual. Estas estatísticas servem para alertar todos os cidadãos sobre a ‘cultura’ da violência masculina contra mulheres e o machismo que ainda permeia a sociedade e que prevalece como tabu.

Então, como devemos combater de forma eficiente esse problema endêmico que ameaça o desenvolvimento das mulheres? Certamente devemos verificar as instâncias superiores, como nossa liderança na política, comunidades e locais de trabalho, que devem ser exemplos de respeito e direitos humanos das mulheres, com dignidade e paz sem a iminência da violência em suas vidas diárias.

Por exemplo, o Ato contra a Violência Doméstica de 1988 foi formulado para oferecer proteção à mulher contra a violência doméstica, criando obrigações nos corpos legislativos para assegurar isso. O Ato é bastante claro em termos de comportamentos que constituem a violência doméstica, incluindo abuso físico, sexual, verbal, psicológico e emocional, intimidação, perseguição, dano malicioso à propriedade, acesso não autorizado a bens pessoais e outras formas de controle que podem ser danosos à segurança, saúde ou bem estar da mulher.

No entanto, um grande obstáculo contra o abuso à mulher em nossa sociedade, além da cultura machista, está no não conhecimento desses direitos por grande parte da população e também pelo fato de muitas mulheres estarem traumatizadas de tal forma que temam em reportar à polícia.

Muitas mulheres têm medo de represálias caso tomem medidas legais. Isso precisa mudar como forma do processo de equalização e fortalecimento da mulher, que precisa estar ciente dos seus direitos e para isso, necessita de um sistema legal que traga de fato uma mudança na sociedade onde vive.

No final das contas, é preciso mostrar à sociedade que violência doméstica é um crime e que a violação dos direitos humanos deve ser punida adequadamente. Todo cidadão deve reconhecer que abuso não é apenas físico, mas que também existe em outras naturezas e deve ser combatido e não contido às portas-fechadas, ignorado ou tolerado.

Brand South Africa, anteriormente conhecida como o Conselho Internacional de Marketing da África do Sul, foi criada em agosto de 2002 para ajudar a criar uma imagem de marca positiva e atraente para a África do Sul. O nome mudou oficialmente para melhor alinhar seu mandato de construir a reputação da marca da nação da África do Sul, a fim de melhorar sua competitividade global.

.Por: Chichi Maponya, presidente do conselho da Brand South Africa.

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