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04/09/2013 - 07:20

Pesquisadores de São Carlos testam terapia fotodinâmica no combate à dengue

Com o objetivo de minimizar a proliferação do mosquito da dengue (Aedes aegypti), pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com o Departamento de Hidráulica da USP e com o Departamento de Hidrobiologia da UFSCar, utilizam a terapia fotodinâmica para, à médio prazo, apresentar outra alternativa para o combate da dengue. Essa técnica é o resultado da interação de um fotossensiblizador com a luz e com o oxigênio e que é usualmente utilizada pelo Grupo de Óptica no tratamento de lesões malignas e no controle microbiológico, que agora se estende a um trabalho de controle das larvas do Aedes aegypti.

O projeto, de autoria da mestranda em biotecnologia da UFSCar, Larissa Marila de Souza, sob orientação dos pesquisadores do Grupo de Óptica (GO) do IFSC, professores Vanderlei Salvador Bagnato e Cristina Kurachi, e com a co-orientação da pesquisadora Natália Mayumi Inada, é vinculado a vetores urbanos, especificamente ao Aedes aegypti.

Em um de seus experimentos, Larissa mergulhou larvas de diferentes estágios do mosquito da dengue em uma solução na qual se encontrava dissolvida uma droga fotossensibilizadora, tendo exposto o conjunto a diferentes fontes de luz - solar, lâmpadas fluorescentes e LED’s.

Na execução deste experimento verificou-se que a mortalidade das larvas chegou acima de 90% quando expostas à luz solar e a lâmpadas fluorescentes, e entre 70% e 80% quando expostas aos LED’s. Em paralelo, o grupo está testando outras substâncias químicas fotossensibilizadoras, tais como a clorina, que mata fungos e bactérias com uma eficiência quântica muito grande, e a curcumina, produzida a partir das raízes do açafrão.

Além destes testes, o grupo de pesquisadores está realizando também outros experimentos com mosquitos adultos da dengue, principalmente na tentativa de impedir que as fêmeas ovulem, e cujos resultados preliminares são animadores. O principal objetivo deste trabalho de pesquisa é a eventual produção de um composto que seja capaz de eliminar as larvas e os mosquitos causadores da dengue, através de uma terapia ecologicamente correta, ou seja, que a água, ou solo, nos quais será dissolvida a substância química não sejam contaminados, atendendo a que, atualmente, os larvicidas utilizados para o extermínio do Aedes aegypti contaminam o ambiente.

Os pesquisadores envolvidos na pesquisa são: Suzana Trivinho Strixino (UFSCar), Cristina Kurachi (IFSC/USP), Juliano José Corbi (EESC/USP), Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP), Natália Mayumi Inada (IFSC/USP), Sebastião Pratavieira (IFSC/USP) e Francisco Guimarães (IFSC/USP).

Embora em fase inicial, este trabalho de pesquisa foi já premiado como o melhor pôster no 14º World Congress of the International Photodynamic Association (14º Congresso Mundial de Fotodinâmica), realizado em Maio último, na Coréia do Sul.

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