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05/09/2013 - 09:06

Sucroalcooleiro aproveita dólar mais forte

As exportações de açúcar do Brasil alcançaram pouco mais de 28,4 milhões de toneladas no acumulado de 12 meses (agosto de 2012 até julho de 2013), arrecadando US$ 13,66 bilhões com preço médio de 480,19 dólares por tonelada. As exportações de etanol, no acumulado de 12 meses, atingiram 3,48 bilhões de litros arrecadando US$ 2,343 bilhões. O volume acumulado de exportação de açúcar, nos doze meses acumulados, é um dos maiores da história.

Enquanto o mercado internacional continua a cair em centavos de dólar por libra-peso, as usinas ficam satisfeitas com o dólar mais forte, pois melhora a fixação das vendas na exportação resultando em mais reais por tonelada. “Atingimos o pico em reais há duas semanas, a R$ 929 por tonelada – acima da média do ano de R$ 838,56/tonelada e da média da safra (contando a partir de abril) de R$ 834,84/tonelada”, comenta Arnaldo Luiz Corrêa, gestor de riscos da Archer Consulting – empresa de assessoria em mercados de futuros, opções, derivativos e planejamento estratégico para commodities agrícolas.

De acordo com o gestor, muitas usinas já teriam um alto percentual de vendas de açúcar para exportação fixado para a próxima safra (2014/2015), bem acima do que seria normal para essa época do ano. “O mercado já estima que empresas mais conscientes na gestão de risco teriam aproveitado e fixado entre 15% e 25% do seu volume previsto para o ano que vem. Isso mostra duas coisas: o real mais fraco tem impulsionado as empresas a proteger a commodity, esperando a contínua elevação do dólar frente ao real para travar o câmbio mais tarde, ou ainda, muito menos arriscado, tem feito NDF (contrato a termo em dólar para liquidação futura) com vencimentos coincidentes com os do contrato futuro”, explica Arnaldo.

A rentabilidade, segundo dados da Archer, tem sido muito positiva. Usando a média dos fechamentos dos meses da 2014/2015 (maio, julho e outubro de 2014 e março de 2015), com a curva de dólar, chegamos a média de R$ 42,23 por saca posto usina. As melhores e mais eficientes usinas têm um custo de produção próximo dos R$ 30/sacas posto usina.

“O que está ainda bastante descolado dos preços de exportação é o mercado interno de açúcar que deveria começar a encostar nos preços de NY, ou seja, subir. A correlação entre os dois mercados (NY e ESALQ) é pequena. Nesta safra o coeficiente de aderência (quanto mais próximo de 1, maior a correlação entre eles) é de 0,4355, o que é muito ruim. Essa correlação já foi de 0,8975 no período de maio de 2010 a maio de 2011. Com mais anidro sendo produzido, o mercado de açúcar branco deve ser afetado e começará a refletir nos preços internos”, conclui Arnaldo.

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