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06/09/2013 - 07:52

Exportações chinesas de aço para América Latina atingiram um máximo histórico: 1,5 milhões de toneladas no 2T13

Alacero – Santiago, Chile -De acordo com dados divulgados pela Associação Latino-americana de Aço -Alacero- em seu relatório “Monitoramento Trimestral: China- América Latina”, no segundo trimestre de 2013 a região continuou sendo o segundo destino mais importante para o aço laminado exportado pela China, apenas superada pela Coréia do Sul. Junto com Vietnã e a União Europeia, estes quatro destinos reúnem o 40% dos embarques chineses a nível mundial.

Durante abril-junho de 2013, a China exportou para o mundo 13,9 milhões de toneladas de aço laminado, 10% mais que no trimestre anterior e 8% mais que no mesmo período de 2012. A China exportou principalmente produtos planos (7,2 milhões de toneladas). As exportações de longos totalizaram 5,4 milhões de toneladas, destacando-se os fios-máquina com 2 milhões de toneladas.

Os volumes destinados a América Latina experimentou no segundo trimestre de 2013 um máximo histórico, atingindo 1,5 milhão de toneladas (55% mais que no trimestre anterior e 29% mais em relação ao mesmo trimestre de 2012). Enquanto as exportações do trimestre para Coréia do Sul (2,2 milhões de toneladas) marcou uma queda de 13% em relação ao trimestre anterior e uma tendência estável durante o período de análise.

Durante o segundo trimestre de 2013, América Latina recebeu o 11% das exportações de aço da China, maior do que a média de 8% observada desde o primeiro trimestre de 2011. Esta é a segunda vez que a região recebe um volume tão alto, evidenciando a crescente atração como destino privilegiado das exportações chinesas.

Cinco destinos latino-americanos estiveram dentro dos 30 mais importantes para as exportações de aço laminados da China: Brasil, Chile, Peru, América Central e Equador. Estes representaram o 76% das exportações de laminados chineses para a região, mostrando uma acentuada concentração.

Ao analisar o primeiro semestre de 2013, o relatório da Alacero revela que a China exportou 2,4 milhões de toneladas para a América Latina. Isto significa que os volumes chegados da China representaram o 24% do total das importações na região. Nos primeiros seis meses do ano o consumo de laminados na região atingiu 33,1 milhões de toneladas, mantendo-se nos mesmos níveis que durante o mesmo período de 2012. Os números mostram que o 7% deste consumo foi abastecido com produtos chineses. Enquanto isso, no primeiro semestre de 2013, a produção de laminados na região diminuiu 1% em relação aos primeiros seis meses de 2012.

O relatório assinala a difícil situação econômica da América Latina, que foi revisto no sentido da baixa após os maus resultados do primeiro trimestre de 2013 e a alta volatilidade e incerteza especialmente dos países dependentes dos commodities e a demanda da China. Atualmente, espera-se que o PIB da América Latina tenha um aumento de 2,6% em 2013, comparado com os 3,6% esperados no início deste ano. O sector da construção que reúne uma grande parte do consumo regional de aço também revisou suas projeções para baixo.

Este cenário de baixo consumo deve acompanhar-se de uma consequente queda tanto na produção interna como nas importações. No entanto, os números mostram que as exportações da China para América Latina além de se manter, aumentaram ainda mais nos últimos meses. Um fenômeno que não mostra nenhuma relação com a situação do mercado latino-americano.

Perante a evidência de que a chegada desses produtos é feito em muitos casos com práticas desleais de comércio, as fricções comerciais aumentaram em vários países latino-americanos no último tempo contra o gigante asiático, por causa do dano que suas práticas desleais fazem sobre a produção e emprego local. O relatório destaca o caso do Chile, que atualmente está em um cenário complexo, e tem sido testemunho do fim de uma linha de produtos planos em uma de suas importantes plantas produtivas devido à incapacidade de manter a competitividade com a China.

Perfil - Alacero (Asociación Latinoamericana del Acero) – É uma entidade civil sem fins lucrativos que reúne a cadeia de valor do aço da América Latina para fomentar os valores de integração regional, inovação tecnológica, excelência em recursos humanos, responsabilidade empresarial e sustentabilidade sócioambiental. Fundada em 1959, é formada por 47 empresas de 25 países, cuja produção é de aproximadamente 70 milhões anuais- representando 95% do aço fabricado na América Latina. Alacero é reconhecida como Organismo Consultor Especial para as Nações Unidas e como Organismo Internacional Não Governamental por parte do Governo da República do Chile, país sede da Secretaria Geral. [www.alacero.org.br].

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