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06/09/2013 - 09:12

Bosch e Magneti Marelli alertam sobre fluidos refrigerantes adulterados

Ishi Ar Condicionado Automotivo faz coro aos grandes fabricantes e relata ocorrências como a explosão do sistema de ar condicionado de um veículo, motivada pelo emprego de fluido refrigerante adulterado.

São Paulo – Largamente utilizado em automóveis, o fluido refrigerante R-134a – componente essencial na operação de um sistema de condicionamento de ar automotivo, uma vez que realiza a troca térmica entre os ambientes externo e interno –, tem sido alvo de adulterações e pode já estar no estoque de muitas oficinas reparadoras espalhadas pelo Brasil. Vendidos geralmente a preços muito inferiores aos de mercado, para emprego na manutenção e recarga de aparelhos de A/C de veículos, esses produtos adulterados tem causado diversos problemas em equipamentos, além de riscos à segurança dos mecânicos e também dos donos de veículos.

A constatação de diferentes problemas técnicos nesses equipamentos e sistemas está mobilizando fabricantes de peças e equipamentos, como a Bosch e a Magneti Marelli, grandes fornecedores da indústria automotiva e de oficinas reparadoras. As duas empresas produziram recentemente um conjunto de recomendações técnicas e alertas a sua rede acerca do uso correto e seguro de fluidos refrigerantes.

Segundo a empresa Ishi Ar Condicionado Automotivo, Treinamento e Serviços, renomada oficina reparadora instalada na cidade catarinense de Balneário Camboriú, os fluidos sem garantia de origem estão hoje presentes em larga escala no mercado e danificam partes distintas dos sistemas de ar condicionado dos carros.

“Já vi defeitos em máquinas recicladoras com poucas semanas de uso, com ataque químico intenso nas vedações internas”, diz Ishiguro, “é comum também encontrar veículos com muita pressão no condensador devido à contaminação do fluido refrigerante”, resume Mario Meier Ishiguro, diretor proprietáro.

Divisão de reposição do Grupo Magneti Marelli no Brasil, a fabricante Magneti Marelli Cofap Autopeças distribui ao mercado equipamentos para manutenção em ar condicionado com tecnologia de última geração, e oferece suporte técnico para reparadores. A empresa de origem italiana, subsidiária do Grupo Fiat, informa que já constatou diversas práticas inadequadas na manutenção de sistemas de condicionamento de ar automotivo, relacionadas, sobretudo, ao emprego de peças e produtos de qualidade ou origem duvidosa.

Para adequada manutenção, a Magneti Marelli disponibiliza as Estações de manutenção e reciclagem do fluido da Família Clima Tech, disponíveis em seus modelos Mobile, Plus, Top e HD. Além das estações recolhedoras, disponibiliza equipamentos para lavar internamente o sistema de ar Condicionado (Flushing) e equipamento para visualização da condição do fluido.

No tocante aos fluidos refrigerantes adulterados, a Magneti Marelli ressalta que esses produtos provocam entupimento e oxidação de componentes metálicos, por exemplo. A empresa alerta ainda que a manutenção preventiva associada à aplicação de peças e produtos confiáveis, e às boas práticas de reparo, é o que garante o perfeito funcionamento de sistemas de condicionamento de ar automotivo.

Outra marca referenciada, a Bosch, de origem alemã, publicou em seu boletim técnico que fluidos refrigerantes sem garantia de origem e de má qualidade elevam a pressão dos sistemas, ocasionam defeitos no processo de reciclagem de gases e danificam anéis de vedação de mangueiras, além de dificultar a refrigeração.

Recentemente, sua área técnica chegou a produzir um informativo sobre fluidos refrigerantes contaminados e o distribuiu à rede de oficinas reparadoras da Bosch. Nessa publicação, a empresa alemã focaliza medidas para conservação e durabilidade de seus equipamentos, bem como dos sistemas de ar condicionado instalados em veículos. Uma de suas recomendações é usar exclusivamente o fluido refrigerante R-134a de marca e qualidade reconhecidas nas máquinas recicladoras ACS 600/650, Tronic, Futura, Silver, Silver Futura, Business e Business Futura.

Em outra publicação do gênero, específica sobre a recicladora ACS 650, a Bosch fornece um passo a passo para realização de serviços de manutenção em ar condicionado automotivo. No capítulo Dicas, o material informativo enfatiza: “Adquirir um gás de origem reconhecida é um fator fundamental para a qualidade do serviço, satisfação do cliente e durabilidade do equipamento”.

A DuPont, por meio de uma parceria estratégica com seu departamento de Product Stewardship & Regulatory, disponibiliza a distribuidores, instaladores, técnicos e mecânicos da área de refrigeração um conjunto de informações sobre segurança e uso adequado de fluidos refrigerantes, incluindo procedimentos de segurança, estocagem, armazenagem e preservação ambiental.

Líder do mercado mundial de fluidos refrigerantes e pioneira na introdução dos fluidos alternativos, que não degradam a camada de ozônio, a DuPont distribui frequentes informes e orientações de segurança junto a clientes e usuários dos produtos da marca. “Notamos expressivo aumento nas consultas encaminhadas à empresa em torno de fluidos adulterados”, adianta Maurício Xavier, gerente de negócios para a América Latina.

Centro de Treinamento Ishi-A experiência de seu fundador na área de condicionamento de ar automotivo levou a oficina reparadora Ishi, conhecida no Sul do País pela alta capacitação, a abrir no ano de 2007 um centro de treinamento para mecânicos.

De acordo com o diretor-proprietário da empresa, Mario Meier Ishiguro – conhecido como Ishi, a ideia de montar o novo negócio foi apontada pelo próprio mercado. “Não era e não é difícil perceber que o segmento é deficiente quanto a formar mão de obra especializada e mantê-la atualizada”, diz Ishi.

Em relação à qualidade de fluidos refrigerantes, Ishi comenta que já recebeu vários veículos com fluidos refrigerantes adulterados em sua oficina, pois possui um analisador de fluido refrigerante R134a.

“Quando visitamos oficinas pelo Brasil, diversas vezes deparamos com esses ”blends”, que são detectados já pelas leituras de pressões, ineficiência do sistema e comprovados assim que o analisador é utilizado”.

“Já soubemos de um caso de explosão do sistema de ar condicionado de um veículo, no momento em que os profissionais colocavam o gás”, conta Ishi.

Aos profissionais que passam por seu Centro de Treinamento, Ishi recomenda usar exclusivamente fluidos refrigerantes de marcas reconhecidas. “Um botijão de fluido refrigerante chega a render cerca 20 cargas de gás, aplicados em carros. A diferença de custo entre um botijão com produto de boa qualidade e os de origem desconhecida, é muito pequena e equivalem ao valor de venda de uma ou duas cargas de gás, o que torna o valor insignificante frente aos riscos”, adverte Ishi.

Dicas para a compra segura de fluidos refrigerantes: .Certifique-se de que o produto é adequado à aplicação que se pretende fazer |. Confira no rótulo: nome ou marca, origem (nacional ou importado), características, composição, razão social, endereço, telefone e CNPJ do fabricante; também confira número do lote e peso líquido do produto |. Verifique se há avarias e vazamentos nos cilindros e/ou danos no lacre e nas etiquetas |.Desconfie de produtos vendidos a preços muito baixos. Esse pode ser um dos indicadores da má qualidade do fluido refrigerante |.Fique atento também à carga de produto indicada na embalagem e o seu peso real. Muitas vezes o que está registrado no rótulo não corresponde à real quantidade de fluido refrigerante dentro do cilindro |.Procure apenas fornecedores idôneos e de tradição no mercado.

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