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06/09/2013 - 09:17

Dependência química merece mais atenção


No último mês de junho foi divulgada relevante informação envolvendo o consumo de cocaína no Brasil. A notícia fez despertar o sinal de alerta para a importância da elaboração de ações para o combate do malefício. Segundo Relatório Mundial sobre Drogas 2013 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), o consumo da droga (cocaína) no território brasileiro dobrou em seis anos. O mais alarmante é que o percentual passou de 0,7%, isso em 2005, para 1,75%, em 2011, com relação a idade dos 15 a 64 anos.

Um cenário negativo deste tipo nos remete a questionamentos sobre o assunto. Um deles é a capacidade do aumentou efusivo do número de consumidores. Por que isso aconteceu? A resposta, por diversas vezes, está na desvalorização de instituições de ensino, órgãos governamentais e pais com o tratamento informativo deste tema. Ou seja, falar de drogas, no contexto geral, ainda é uma tabu.

Entretanto, o melindre pode custar caro. E isso não é apenas um problema no Brasil, falar de dependência química é um problema considerado “praga mundial”. Na questão dos jovens, o primeiro passo é explanar a prevenção. As escolas, por exemplo, devem agregar a sua grade de atividades palestras sobre drogas, grupos de debates e estudos sobre o assunto. Isso, de certa forma, aguça no jovem o despertar da curiosidade. A curiosidade é que muitas vezes se torna o primeiro passo para o uso de drogas. Portanto, quanto antes a curiosidade for transformada em conhecimento, melhor para a criação de escudo contra o vício.

Sem contar que atrelado a isso tem a questão familiar. Os pais precisam, o quanto antes, falar com os seus filhos sobre drogas. É bem verdade que o assunto é pesado, porém, a família representa o porto seguro. A conversa deve ser a mais clara possível, bem transparente. Resumindo, os pais precisam ser presentes e esclarecidos. O medo de falar em drogas pode gerar problemas mais sérios no futuro.

Mas voltando um pouco mais na notícia que destaquei no início, a pesquisa aponta o alto consumo em idades acima da casa dos 30 anos. Pessoas com 64 anos, de acordo com o estudo, também figuram na lista negativa. Então, qual seria a solução para eles?

Por diversas vezes o mais comum é direcionar estas pessoas ao tratamento em clínicas especializadas. Isso é certo? Não que eu seja contra o uso desse método na melhora do dependente químico, pelo contrário, acredito que muitas clínicas utilizam vias sérias, com base em tratamento que enfatiza a busca pelo real motivo do uso de drogas do paciente e, depois, traça planos de melhorias.

Contudo, infelizmente, o mercado está recheado de empresas/clínicas que não dão suporte ideal. A verdade é que se dá mais valor para a parte financeira e aplicação de tratamento forçado e compulsório, que mantém o dependente trancado. O resultado é a piora do quadro.

Mesmo assim, a família é parte fundamental no processo de recuperação, As clínicas devem realizar atividades de contato entre o dependente e sua família, a fim de que isso sirva de injeção de ânimo e melhora constate do quadro de repaginação da vida.

A realidade é que as drogas merecem atenção. Ainda se tratarmos o assunto de forma banal, será uma constante a veiculação de notícias com o crescimento do consumo. Não tenha medo falar do assunto com seus filhos, amigos e parentes.

. Por: William Wagner, foi usuário de drogas e há 14 anos realiza palestras sobre o tema em instituições de ensino, empresas e eventos. Em 2012, sua história serviu de inspiração para a criação do livro “Em Busca do Impossível”. |Email – [email protected] |Telefones (11) 95727 - 1509 | (11) 97397 - 1003 |Site: williamwagner.com.br |Facebook: www.facebook.com/william.embuscadoimpossivel.

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