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07/09/2013 - 06:48

Custos industriais subiram 2% no segundo trimestre, informa CNI

A queda no ritmo de aumento do indicador, puxada pela redução dos custos com energia elétrica, capital e tributos, ajudou a indústria a recompor as margens de lucro e ganhar competitividade.

O Indicador de Custos Industriais aumentou 2% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. A desaceleração no ritmo de crescimento do indicador é resultado, especialmente, da queda dos custos com energia elétrica, capital de giro e tributos, informa o indicador divulgado nesta sexta-feira, 6 de setembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O custo com energia elétrica caiu 16,1%, o com capital de giro recuou 5,7% e o com tributos teve queda de 5,3%.

O Indicador de Custos Industriais é composto por Custo de Produção, Custo de Capital de Giro e Custo Tributário. De acordo com a CNI, o custo de produção - formado pelos custos com insumos, energia e pessoal - cresceu 4,9% no segundo trimestre na comparação com igual período de 2012. Foi a menor alta desde o primeiro trimestre de 2012.

"Parte significativa dessa desaceleração deve-se à queda de 10,5% no custo com energia", diz a CNI. Essa queda só não foi maior por causa do aumento de 10,6% do óleo combustível. O custo de energia é formado por energia elétrica e óleo combustível. O custo de produção também foi pressionado pelo aumento de 4,3% nos insumos nacionais e de 4,9% nos importados. Além disso, as despesas com pessoal cresceram 10,1% no segundo trimestre frente ao mesmo período do ano passado.

O indicador mostra ainda que o aumento dos juros diminuiu o ritmo de redução do Custo de Capital de Giro. No segundo trimestre, a queda foi de 5,7% frente ao mesmo período de 2012. Nos trimestres anteriores, as quedas foram superiores a 20%.

Pela primeira vez desde o início de 2010, o Custo Tributário caiu 5,3% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2012. A queda é resultado das medidas de estímulo ao consumo e à competitividade, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a desoneração da folha de pagamento. "A redução só não foi maior devido ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que manteve-se em crescimento", afirma a CNI.

Recuperação dos lucros - Os preços dos produtos industrializados subiram 5,4% no trimestre em relação a igual período de 2012. Esse aumento, superior à evolução dos custos, ajudou a indústria a recompor as margens de lucro. Foi o terceiro trimestre consecutivos que os preços dos produtos manufaturados cresceram mais do que os custos. "Essa melhora na margem de lucro é fundamental para que as empresas industriais possam investir", avalia a CNI.

Além disso, a queda no ritmo de crescimento dos custos melhorou a competitividade das empresas brasileiras. Os preços dos manufaturados importados, em reais, aumentaram 3,6% no segundo trimestre frente ao mesmo período de 2012. Essa alta foi superior aos 2% de elevação dos custos. Nos Estados Unidos, os produtos industrializados subiram 5,9%, também em reais. "Como a moeda brasileira se desvalorizou ainda mais no terceiro trimestre, esse efeito será intensificado. Ou seja, para o próximo trimestre, espera-se um ganho de competitividade ainda maior para a indústria brasileira", estima a CNI. [www.portaldaindustria.com.br].

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