Países africanos fortalecem comunidade SADC

Presidida pela primeira vez por uma mulher, a Cúpula do grupo quer desenvolver mercado trilionário para estimular o comércio entre os participantes.

São Paulo - A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, sigla SADC em inglês, é um organismo intergovernamental com sede em Gaborone, Botswana, representada no Brasil por dez dos 15 países: África do Sul, Namíbia, Moçambique, Angola, Botswana, Zimbabwe, Zâmbia, Maláui, Tanzânia e a República Democrática do Congo.

Seu objetivo é fomentar a cooperação e integração socioeconômica bem como a cooperação política e de segurança entre os 15 países da África Austral. O Grupo de Embaixadores da SADC é bastante coeso e ativo em Brasília que promove a região como área preferencial de investimento e comércio.

Recentemente, durante um seminário sobre Comércio e Investimento África/Brasil, com a participação do ex-presidente Lula, o Grupo da SADC apresentou um programa de desenvolvimento de infraestrutura. O plano é de natureza multibilionária voltado para a aceleração da implementação da agenda de integração regional da SADC ao tratar dos desafios de infraestrutura na região, condição necessária para possibilitar um acesso mais fácil aos mercados.

A 33ª Cúpula da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral foi realizada no Maláui, no final de agosto. Pela primeira vez, a SADC é chefiada por uma Chefe de Estado, a Presidente do Maláui, Joyce Banda.

A Cúpula abordou várias áreas de desenvolvimento, como a criação de uma Área de Livre Comércio, que reunirá países da África Austral e África Ocidental. Espera-se que uma área de livre comércio seja criada entre aqueles países em 2015, reunindo os mercados de 26 países e com uma população de quase 600 milhões de pessoas e um PIB conjunto de US$ 1 trilhão.

Isso formará a base para uma abrangente área de livre comércio em toda a África, o que poderia criar um único mercado de US$ 2.6 trilhões, que possibilitará aos países africanos desenvolver mais o comércio intra-África, que chegou a aproximadamente US$ 90 bilhões, um número cinco vezes maior do que os US$ 17 bilhões de 2001.

Brand South Africa, anteriormente conhecida como o Conselho Internacional de Marketing da África do Sul, foi criada em agosto de 2002 para ajudar a criar uma imagem de marca positiva e atraente para a África do Sul. O nome mudou oficialmente para melhor alinhar seu mandato de construir a reputação da marca da nação da África do Sul, a fim de melhorar sua competitividade global.