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12/09/2013 - 10:32

Ilha do Governardor recebe a Carretinha Da Saúde

O que é hanseníase? Como a doença é transmitida? Como se prevenir? Como identificar os seus sintomas e, o mais importante, como realizar o tratamento? Os moradores da Ilha do Governador terão a oportunidade de conhecer as respostas no próximo sábado, 14 de outubro, durante a programação do evento “SESC e Você”. A Carretinha da Saúde, unidade móvel para diagnóstico de hanseníase do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), estará atendendo a população de 9h às 15h, na Praça Manoel Bandeira, Aterro do Cocotá e irá esclarecer as dúvidas relacionadas à doença de forma lúdica e divertida.

A hanseníase tem cura, o tratamento é gratuito, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e a administração dos medicamentos interrompe a transmissão da doença em 48 horas. Neste cenário, o Brasil teria todas as condições para eliminar a hanseníase. No entanto, o país segue ocupando o primeiro lugar no ranking mundial de prevalência da doença – somente em 2012, 30.303 novos casos foram identificados em todo o território nacional, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde.

Diante deste quadro, o coordenador nacional do Morhan, Artur Custódio, ressalta que a informação é a melhor estratégia para reduzir a incidência da hanseníase na população brasileira e combater o preconceito que ainda envolve a doença. “Apesar de a hanseníase ter elevados índices de cura, o Brasil ainda é o primeiro país no ranking mundial de prevalência da doença. Esta triste realidade é fortemente influenciada pelo preconceito, que afasta pacientes do diagnóstico e das unidades de saúde. Por isso, a informação é o melhor remédio”, avalia.

Além do diagnóstico da hanseníase e da difusão de informações sobre a doença, a Carretinha da Saúde realiza atividades lúdicas para a promoção da saúde e da cidadania, como apresentações de teatro, sempre com ênfase no combate ao preconceito. Para Artur, a articulação entre saúde e cidadania é o diferencial da Carretinha da Saúde. “Não basta prevenir, diagnosticar e tratar a doença. É preciso cuidar das pessoas e, para isso, é urgente eliminar o preconceito que persiste contra os pacientes”, considera o coordenador nacional do Morhan.

Unidade móvel equipada com três ambulatórios e palco para realização de atividades lúdicas, a Carretinha da Saúde vem contribuindo para a promoção da saúde e da cidadania em todo o Estado do Rio de Janeiro. Em 2012, o projeto – que é fruto de uma parceria do Morhan com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e Secretarias Municipais de Saúde, através do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS RJ) e da Ong Riosolidário – recebeu o Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Brasil (ODM Brasil), concedido a iniciativas que contribuem para o cumprimento, até 2015, dos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Sobre hanseníase.: O que é hanseníase? A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae e pode ser paucibacilar (PB) – quando o paciente apresenta de uma a cinco manchas pelo corpo – ou multibacilar (MB) – quando são encontradas mais de cinco manchas. Quando são paucibacilares, os pacientes não transmitem a doença. Os multibacilares sem tratamento, porém, podem transmitir o bacilo através das secreções nasais ou saliva. Pacientes em tratamento regular e pessoas que já receberam alta não transmitem a doença. O período de incubação, da infecção à manifestação da doença, tem duração média de três anos e a evolução do quadro clínico depende do sistema imunológico do paciente. Por essa característica, a hanseníase é mais comum em populações de baixa renda, desprovidas de condições adequadas de moradia, trabalho e transporte que tendem a contribuir para a disseminação do bacilo da doença para um número maior de pessoas.

Sintomas - Manchas brancas ou avermelhadas sem sensibilidade para frio, calor, dor e tato; Sensação de formigamento, dormência ou fisgadas; Aparecimento de caroços e placas pelo corpo; Dor nos nervos dos braços, mãos, pernas e pés; Diminuição da força muscular.

Diagnóstico - A identificação da doença é essencialmente clínica, feita a partir da observação da pele, de nervos periféricos e da história epidemiológica. Excepcionalmente são necessários exames laboratoriais complementares, como a baciloscopia ou biópsia cutânea.

Tratamento - A hanseníase tem cura e quando tratada em fase inicial não causa deformidades. O tratamento, denominado poliquimioterapia (PQT), é gratuito, administrado via oral e está disponível em unidades públicas de saúde de todo o Brasil. Para pacientes que apresentam a forma paucibacilar (PB) da doença, a duração do tratamento é de seis meses e para os que apresentam a forma multibacilar (MB), o tratamento dura um ano. Concluído o tratamento com regularidade, o paciente recebe alta e é considerado curado.

Hanseníase no Brasil - De acordo com o Ministério da Saúde, 33.303 novos casos de hanseníase foram identificados no país em 2012 e o coeficiente de prevalência registrou 17,17 casos novos por 100 mil habitantes. Os números mostram que a eliminação da hanseníase ainda é um desafio à saúde pública brasileira, já que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o coeficiente de prevalência da doença corresponda a menos de dez casos por cada 100 mil habitantes.

Carretinha Da Saúde na Ilha do Governador, Rio de Janeiro.:Ação promove diagnóstico imediato da hanseníase, encaminhamento de pacientes ao tratamento e atividades de educação em saúde, dia 14 de outubro (sábado), de 9h às 15h, na Praça Manoel Bandeira, Aterro do Cocotá.

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