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14/09/2013 - 06:27

Aquicultura brasileira cresce 31,1% em 2011, aponta Boletim Estatístico Pesca e Aquicultura -2011

O Boletim Estatístico sobre a produção brasileira de pescado em 2011, elaborado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), trouxe boas notícias para o setor pesqueiro e aquícola nacional. A criação de pescado atingiu 628,7 mil toneladas, o que representa um crescimento de 31,1% em relação ao ano anterior. A maior parte da produção aquícola (86,6%) foi realizada no continente e o restante no litoral. No continente, as espécies de peixe mais criadas foram tilápia e tambaqui (67% do total). No ambiente marinho, a liderança foi da carcinicultura (criação de camarão). Já a atividade de pesca extrativa aumentou 2,3%, com uma produção de pouco mais de 800 mil toneladas. Ao todo, a produção pesqueira nacional alcançou 1,43 milhão de toneladas em 2011, ou seja, 13,2% a mais do que em 2010.

“O crescimento do setor pesqueiro nacional em 2011, em especial através da aquicultura, confirma a vocação do País para a atividade e estimula os brasileiros a expandir e fortalecer os criatórios nas propriedades rurais, nos reservatórios e no litoral”, afirma o ministro Marcelo Crivella, da Pesca e Aquicultura.

Crescimento acelerado - Em 2011 a aquicultura cresceu forte em todas as regiões brasileiras, conforme o Boletim Estatístico. O maior percentual apresentado foi o da região Norte, onde a aquicultura cresceu em média 126% em relação ao ano anterior, ao passar a produção de 41.839 toneladas para 94.718 toneladas. Este salto foi percentualmente mais acentuado ainda em Roraima, que passou a produção aquícola de pouco mais de quatro mil toneladas para pouco mais de 25 mil toneladas (518,6%). Outro desempenho expressivo foi o estado do Amazonas. Ali a produção cresceu 132% em 2011, passando de 11.892 toneladas para 27.604 toneladas.

Na região Nordeste, o salto foi de 35%. A produção passou de 146 mil toneladas para 199 mil toneladas de pescado, entre 2010 e 2011. Na região Sudeste, a aquicultura apresentou uma média de crescimento de 21%, passando a produção de 71.770 toneladas para 86.919 toneladas. Minas Gerais surpreendeu. Ali a produção passou de 11.618,1 para 25.917,9 toneladas, crescimento de 123%. Na região Sul a produção aumentou em média 15%, saindo de uma base de 150 mil toneladas para 172.463 toneladas. Já a região Centro-Oeste apresentou outro desempenho expressivo, embora percentualmente menor: 8%; A produção, que era 69.840,1 toneladas, passou a 75.107,9 toneladas.

As informações do Boletim Estatístico foram elaboradas pela Coordenação Geral de Monitoramento e Informações Pesqueiras do MPA. Embora a metodologia para a estimativa da produção total brasileira tenha continuado como nas edições anteriores do boletim, nesta publicação a divisão da produção aquícola para cada unidade da Federação foi embasada na proporção dos resultados do Censo Aquícola Nacional, com o ano de referência de 2008.

“Atualmente o MPA, por meio da Secretaria de Monitoramento e Controle da Pesca e Aquicultura - SEMOC, está em tratativas com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE – visando estabelecer um sistema de coleta de dados mais eficiente”, afirma o Secretário de Monitoramento e Controle da Pesca e Aquicultura, Américo Ribeiro Tunes. Assim, segundo ele, será possível padronizar a metodologia em âmbito nacional, com o objetivo de “obter informações tempestivas e fidedignas sobre a atividade pesqueira e aquícola”.

Para a compilação do Boletim Estatístico de 2011 o MPA recebeu o apoio de diversas instituições e entidades do País. Na pesca continental colaboraram a Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera (FDB), o Instituto Acquamazon e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP). Na pesca marinha o Ministério estabeleceu uma parceria com a Fundação Instituto da Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ), a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e o Instituto de Pesca de São Paulo. Também contribuíram com informações sobre pesca marinha as entidades conveniadas FADESP e Mater Natura - Instituto de Estudos Ambientais.

Balança Comercial - O Boletim Estatístico também dedica um capítulo à Balança Comercial de pescados em 2011, elaborado pela Coordenação Geral de Comercialização do MPA. Nele se pode ver que as exportações brasileiras – no item peixes, crustáceos e moluscos - aumentaram um pouco entre 2010 e 2011, passando de US$ 263,3 milhões para US$ 271.2 milhões. O déficit comercial do País, na área de pescados, entretanto, se manteve elevado em 2011: US$ 991 milhões. A produção interna, que aumenta fortemente com a aquicultura, assim, tem espaço para substituir pelo menos parcialmente (alguns produtos não são produzidos no País, como bacalhau e salmão) a necessidade de importações. As oportunidades de mercado são promissoras não apenas pela substituição de importações como pelo aumento do consumo interno de pescado, que deve alcançar o recomendado pela FAO – 12 quilos por habitante/ano – até o final de 2014.

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