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14/09/2013 - 06:55

Colherim – Ritmos brasileiros na dança percussiva das colheres’ na casa do núcleo

A obra traz as técnicas e sons das colheres de diversas partes do mundo. O lançamento com aula de ritmos acontece no dia 22 de setembro, às 11h, na Casa do Núcleo, em São Paulo.

A Editora Peirópolis lança, este mês, o livro Colherim - Ritmos brasileiros na dança percussiva das colheres, do educador musical Estêvão Marques e ilustração de Joana Resek. O autor apresenta, em uma obra original, a adaptação aos ritmos brasileiros dos sons produzidos por colheres. O livro traz estudos do autor com colheres feitas de madeira, metal, osso, grandes ou pequenas, presentes nas culturas eslavas, ciganas, celtas, indígenas, norte-americanas e latino-americanas. “Em terra brasileira este instrumento foi batizado de colherim por dois motivos: o movimento das colheres é semelhante ao do tamborim e as colheres musicais despertam a curiosidade do mirim”, comenta o autor. O evento de lançamento, com aula de ritmo gratuita para toda a família, acontece no dia 22 de setembro, às 11h, na Casa do Núcleo – Rua Padre Cerda, 25, Alto de Pinheiros, em São Paulo.

De forma criativa e didática, uma série de atividades é apresentada, ilustradas e acompanhadas de vídeos, nos quais as colheres são utilizadas em diferentes estilos musicais brasileiros como o choro, o samba, o baião, entre outros. O livro, indicado para crianças, jovens e adultos, surgiu quando o autor foi pesquisar brincadeiras musicais na Espanha e um amigo apresentou-lhe a prática. “O som das cucharas, este era o nome das colheres, soava como o das castanholas”, explica Marques. Depois, ele encontrou a mesma técnica na Colômbia, Turquia, Rússia, Canadá, Irlanda, Grécia, entre outros destinos.

Desde 1999, Estêvão Marques pesquisa as diversas manifestações populares no campo da dança, música, contos e brincadeiras. “No meu contato com mestres da cultura brasileira, observei que, mais do que transmissores de uma tradição, eles estão em constante criação, transformando este universo numa rua de mão dupla: A invenção se transforma em tradição e a tradição dá as cartas para a próxima invenção!”, diz. Marques vem incorporando todo o repertório de suas pesquisas no seu trabalho profissional como músico e educador. “Selecionei alguns ritmos que ajudam a contar um pouco da história musical do Brasil, com suas influências indígenas, ibéricas, árabes, africanas, caribenhas e latino-americanas. Segundo ele, as colheres se adaptam perfeitamente às manifestações rítmicas brasileiras e o maior desafio para a tradução desses ritmos para as colheres foi a inexistência de uma regra para a notação musical popular. “Não foi fácil passar para o papel toda a riqueza de ritmos tradicionais. Quem já sabe um pouco de leitura musical, consegue desfrutar de sotaques ritmados”, completa.

O autor ainda completa que os instrumentos musicais revelam a maneira de falar de um povo e ao aprendê-los entramos em contato com a riqueza cultural de um grupo ou sociedade. “Com um par de colheres podem ser criados muitos ritmos”, conclui.

Segundo Magda Pucci, cantora e pesquisadora de músicas do mundo e diretora do grupo Mawaca, a experiência como músico de diferentes grupos, muitos deles voltados para as crianças, somada às várias oficinas que Estêvão vem dando por aí, forneceu a ele um arsenal de ideias musicais criativas transmitidas neste livro, de forma lúdica, mostrando total desenvoltura com o assunto. “No momento atual, em que a música é conteúdo obrigatório nas escolas, é sempre bom saber da existência de iniciativas como a de 'Colherim', que dão um novo sopro às possibilidades da educação musical, que deixam de lado a sisudez característica das metodologias em massa. Estêvão promove, com sua alegria e entusiasmo, uma forma de fazer uma música simples, cativante e cheia de criatividade, palavra que considero chave nesse momento da educação musical brasileira”, explica Pucci.

Estêvão Marques-Formado em música na Faculdade Santa Marcelina, também fez o curso "Músicas e danças do mundo" em Madri (Espanha) e em São Francisco (EUA) pelas associações Orff. Ministrou oficinas em Istanbul, Bursa, Ankara (Turquia), Medellin, Bogotá (Colombia) e Buenos Aires (Argentina). Fez a direção musical da peça radiofônica "Muitas coisas poucas palavras, a arte de ensinar e aprender" de Francisco Marques (Chico dos Bonecos), lançado pela Editora Peirópolis.

Músico do grupo infantil "Palavra Cantada" com Paulo Tatit e Sandra Peres, tocou junto com Chico César, Antonio Nóbrega e com o grupo Barbatuques. Contador de histórias e professor de dança e percussão desde 2005 pelo Instituto "Teatro Escola Brincante", também escreveu junto com o grupo Triii, os livros Coleção Histórias que Cantam: "Ei, ei, ei Vanderlei" e "Sopa Supimpa".

A Peirópolis foi criada em 1994 com a missão de contribuir para a construção de um mundo mais solidário, justo e harmônico, publicando literatura que ofereça novas perspectivas para a compreensão do ser humano e do seu papel no planeta. Suas linhas editoriais oferecem formas renovadas de trabalhar temas como ética, cidadania, pluralidade cultural, desenvolvimento social, ecologia e meio ambiente – por meio de uma visão transdisciplinar e integrada. Tem ainda coleções dedicadas à literatura indígena, à mitologia africana e ao folclore brasileiro. A editora está afinada com os propósitos do terceiro setor, participando ativamente do crescente movimento de sua profissionalização. |www.editorapeiropolis.com.br.

Título: Colherim - Ritmos brasileiros na dança percussiva das colheres | Autor: Estêvão Marques | Ilustradora: Joana Resek | Formato: 19 x 26cm | 88 Páginas | ISBN: 978-85-7596-319-7 | Preço: R$ 49,00. Dia 22 de setembro, às 11h, na Casa do Núcleo, Padre Cerda, 25 – Alto de Pinheiros – São Paulo.

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