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17/09/2013 - 11:08

PIB histórico confirma acerto da Política Industrial do Estado, aponta FEE

Rio Grande do Sul - O crescimento de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho registrado no segundo trimestre deste ano - em relação ao mesmo período do ano passado - aponta para um cenário de otimismo no Rio Grande do Sul. Os números divulgados esta semana pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), impulsionados principalmente pela expansão de 111,7% da agropecuária, revelam novos desafios para o Governo do Estado: consolidar as políticas voltados para o setor rural e ampliar a Política Industrial.

Secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik explica que a sucessão de bons números da economia gaúcha - primeiro com o aumento de 13,8% na produção industrial de julho, segundo o IBGE, e agora com "este Pibão chinês" - reflete, entre outros fatores, o acerto da estratégia de desenvolvimento definida pelo Governo gaúcho, com destaque para a Política Industrial, que dirigiu o foco para setores de alto potencial.

"Em que pesem a boa safra e outros cenários conjunturais, um índice de 15%, maior que o próprio desempenho chinês no mesmo período - a China cresceu 7,5% no segundo trimestre -, não cai do céu. Mostra trabalho, e trabalho árduo, na construção de um ambiente favorável a negócios. E demonstra, também, que não se trata só de investimentos empresariais, mas de impacto social, uma vez que a economia não cresce apenas pelo capital aplicado, mas pela renda gerada, o que só se consegue com emprego".

Sala do Investidor -Ao destacar a conquista da montadora chinesa Foton e a expansão de indústrias como a Celulose Riograndense e a Randon, que ampliará seu grupo de empresas, Knijinik afirma que a meta é acumular números positivos. "O Sistema de Desenvolvimento, integrado pela SDPI, AGDI e pelos nossos três bancos (Banrisul, BRDE e Badesul) já aprovou cerca de R$ 3 bilhões em Fundopem desde 2011, soma quase R$ 30 bilhões na carteira de projetos da Sala do Investidor, com perspectiva de gerar 50 mil empregos, e liberou mais de R$ 5 bilhões neste governo, somando BRDE e Badesul".

Knijinik ressalta que não são apenas os grandes empreendimentos que crescem com apoio do Estado. "Parques industriais regionais e setores emergentes estão agrupados nos 20 Arranjos Produtivos Locais (APLs) já implantados, assim como as cooperativas, cujo exemplo mais recente é a Piá, de Nova Petrópolis, a primeira a aderir ao Novo Fundopem".

Investimentos -Secretário de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã (Seplag), João Motta garante que a estratégia é recolocar o Estado - junto com a iniciativa privada e o Governo Federal - à frente do processo de desenvolvimento. O objetivo é aproveitar o cenário favorável da economia e o otimismo dos produtores para reforçar os investimentos. "A variação deste PIB que nós tivemos agora recentemente demonstra o potencial e o dinamismo da economia do RS. O fato é que o Estado tem que estar sempre induzindo e estimulando esses movimentos".

Motta afirma que o desafio é aumentar os recursos em áreas estratégicas, como infraestrutura e logística. Para o próximo ano, o orçamento do Estado prevê investimentos de R$ 2,5 bilhões, o que representa R$ 1 bilhão a mais em relação a 2013. "O esforço e a execução se devem a nós buscarmos novas fontes, principalmente a financiamentos com os bancos. Outro aspecto importante é nós não baixarmos a escala de acesso a recursos de programas do Governo Federal".

Infraestrutura -A execução de políticas públicas em parceria com o União e a busca de recursos junto a instituições financeiras também refletiram na expansão do PIB gaúcho. Conforme Motta, somente em obras do Governo Federal os investimentos atingem R$ 5,5 bilhões. Mais R$ 3,5 bilhões estão em fase de contratação e vão ser aplicados na extensão da BR-448 até Estância Velha, na duplicação de Pantâno do Sul e Eldorado, e na construção de uma estrada entre Santo Ângelo e Santa Maria, além da ponte do Guaíba.

Ao reconhecer que o Estado avançou em logística e infraestrutura em dois anos e meio, o secretário lembra que R$ 1 bilhão captados junto ao BNDES e ao Banco Mundial são aplicados na construção de acessos municipais e recuperação e manutenção de rodovias. "Quando iniciamos o governo, recebemos por parte da Fiergs um estudo sobre as necessidades na área de logística de transportes no RS. Esses números eram acima de R$ 10 bilhões. Nós já temos hoje, ou em execução ou em fase de contratação, somando recursos da União e do Estado, aproximadamente R$ 10 bilhões em investimentos".

Máquinas e implementos agrícolas -A força do campo na economia gaúcha também repercutiu na venda de máquinas e implementos agrícolas durante a Expointer deste ano. Estimulado pelas baixas taxas de juros das linhas de financiamento, o setor contabilizou um volume de negócios de R$ 3,274 bilhões na 36ª edição do evento. Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul, Claudio Bier, o desempenho é resultado de uma combinação de fatores e tem como principal fator o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do Governo Federal, que oferece linhas de financiamentos a juros baixos.

Conforme Bier, a expectativa é fechar o ano com crescimento de 30% nas vendas em relação a 2012. "O produtor está capitalizado e o juro do PSI, de 3,5 % até dezembro de 2013, com dois anos de carência e dez anos para pagar, incentivaram o produtor a investir". Satisfeito com os bons índices de vendas alcançados pelo setor, Bier pediu ao governador Tarso Genro e ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a manutenção da taxa de juros, considerada uma das razões para o setor ter ido bem. "No ano que vem, dificilmente vamos conseguir um número tão grande (30%). Se crescermos 10% em cima do índice deste ano, será extraordinário". |.Felipe Samuel e Denise Nunes.

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