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22/11/2007 - 08:12

Crise afeta pecuária de corte em Alagoas

Criadores buscam alternativas para evitar demissões no campo.

Aumento de custos de produção e baixo preço da arroba do boi gordo ameaçam a pecuária de corte em Alagoas. Essa foi a principal conclusão de encontro, realizado nesta terça-feira, 20, pela manhã, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal). Mais de 30 criadores participaram da reunião e decidiram, entre outras medidas, reativar a Comissão de Pecuária de Corte do Fórum da Agropecuária Alagoana e lutar pelo reajuste de preços.

"A arroba do boi gordo em Alagoas está variando entre R$ 63 e R$ 65. A cotação em São Paulo para 30 dias já passa dos R$ 73, segundo levantamento do Centro de Pesquisas Econômicas Aplicadas da Universidade de São Paulo (Cepea-USP). Nosso preço sempre acompanhou o mercado paulista. A defasagem está agravando a crise que atinge o setor no Estado", explica Antônio Brandão, presidente da Comissão de Pecuária de Corte.

Ao final do encontro, os pecuaristas assinaram uma nota, que será distribuída essa semana pela Faeal com toda a cadeia produtiva da pecuária de corte (criadores, frigoríficos, compradores de gado etc). "Estamos fazendo um alerta à sociedade e às empresas envolvidas na comercialização de nosso gado para as dificuldades do setor. Nossos custos aumentaram e o preço do boi não reage no Estado", adianta Álvaro Almeida, presidente da Faeal.

No prejuízo- Para exemplificar as perdas dos pecuaristas, o criador Marcelo Lima lembrou que o preço da arroba do bezerro de corte, no Estado, está atualmente em R$ 73. "Não teremos como fazer a reposição do gado no pasto. Não dá para vender a R$ 63 e comprar a R$ 73. Nessa situação, nossa margem de lucro, que normalmente é mínima, vira prejuízo", justifica.

Para o presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Edilson Maia, um dos motivos para a baixa do preço da carne bovina são as barreiras sanitárias. "Como os nossos animais não podem sair de Alagoas, os outros estados aumentam a oferta interna, baixando os nossos preços, e causando prejuízos aos fornecedores como a redução do capital de giro e muitas vezes a impossibilidade de repor o rebanho", destacou.

O levantamento de preços apresentando no encontro mostra que a cotação do boi gordo em Alagoas é a menor do país, atualmente. "Gado de outro Estado não chega mais em Alagoas por menos de R$ 70 a arroba. Mesmo assim, os compradores continuam pagando um valor que não remunera nossa atividade", reclama Antônio Brandão.

Mais de 30 criadores de gado de corte participaram da reunião. Além da reativação de Comissão, eles decidiram buscar alternativas para agregar valor à produção e tornar a atividade mais competitiva no Estado. "O que estamos discutindo não é apenas o aumento, mas um reajuste digno de acordo com o mercado", afirma Álvaro Almeida.

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