Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

25/09/2013 - 08:40

Inflação de produtos fica estável e serviços sobem 0,26% em julho

No período, salmão e excursões apresentam maiores altas de preços.

São Paulo - O ciclo de alta da taxa Selic já surte efeito sobre a economia. O Índice de Preços no Varejo (IPV) não apresentou variação em julho, em relação ao mês anterior. Enquanto o preço dos produtos se manteve estável, os serviços continuaram em alta, embora com perda de ritmo. O índice de Preços de Serviços (IPS) subiu 0,26%. Com essas variações, o Custo de Vida por Classe Social (CVCS), que pondera o preço dos produtos e dos serviços, subiu 0,13%. Os três indicadores de preços são apurados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) na região metropolitana de São Paulo.

Entre os produtos, as maiores variações foram constadas em "vestuário" (-0,83%) e "educação" (+0,39%). No acumulado de 12 meses, a inflação sobre produtos ficou em 6,25%. O produto que mais subiu em julho foi o salmão, com aumento de 11,6%. Em contrapartida, o preço do tomate caiu 21,7%. O indicador também aponta a inflação para cada classe social, ponderando a variação de preços de acordo com o consumo das famílias, por faixa de renda. A classe social que sofreu o maior impacto da variação dos produtos em julho foi a D (renda entre R$ 976,59 e R$ 1.464,87), com alta de 0,04%.

Em relação a serviços, houve desaceleração da alta de preços, pois em junho o crescimento havia atingido 0,71%. O aumento nos grupos "despesas pessoais" (+1,54%) e "habitação" (+0,94%) foi contrabalanceada pela redução de "transportes" (-0,84%) e "alimentação e bebidas" (-0,19%). Em julho, a maior alta de preço ocorreu nas excursões, com aumento de 11,7%, devido às férias escolares. O preço da tarifa do metrô, por sua vez, caiu 4,5%. No acumulado de 12 meses, a inflação de serviços atingiu 5,3%. A classe social mais impactada no mês foi a E (com renda familiar de até R$ 976,58), com aumento de 0,44%.

Em julho, o aumento no CVCS foi menor do que em junho, quando a alta foi de 0,23%. A inflação, em relação ao mês anterior, foi puxada pelos grupos "despesas pessoais" (+0,90%) e "habitação" (+0,76%). Os preços de vestuário caíram 0,83% e de transportes recuaram 0,25%. No acumulado de 12 meses, a inflação sobre o conjunto de produtos e serviços ficou em 5,79%. A classe social com maior impacto foi a D, com alta de 0,18%.

Segundo a FecomercioSP, a tendência de curto prazo é de acomodação da inflação, por efeitos estatísticos. A variação recente de preços de transportes, vestuário, energia elétrica, empregados domésticos e alimentos não devem voltar a pressionar. Em uma perspectiva de médio e longo prazo, no entanto, a inflação pode ser pressionada pelo novo patamar do preço do dólar.

Metodologia-O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contemplam as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços e o IPV, 181 produtos de consumo.

As faixas de renda variam de acordo com os ganhos familiares: até R$ 976,58 (E); de R$ 976,59 a R$ 1.464,87 (D); de R$ 1.464,88 a R$ 7.324,33 (C); de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23 (B); e acima de R$ 12.207,24 (A). Esses valores foram atualizados pelo IPCA de janeiro de 2012. Para cada uma das cinco faixas de renda acompanhadas, os indicadores de preços resultam da soma das variações de preço de cada item, ponderadas de acordo com a participação desses produtos e serviços sobre o orçamento familiar.

FecomercioSP - A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Responsável por administrar, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes e congrega 154 sindicatos patronais que respondem por 11% do PIB paulista - cerca de 4% do PIB brasileiro -, gerando em torno de cinco milhões de empregos.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira