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26/09/2013 - 09:41

Terminais marítimos aumentam rigor em segurança nas operações

Adequação a novas regras internacionais pela Transpetro é tema de painel durante a Rio Pipeline 2013.

Os desafios gerados pela adaptação a normas internacionais para terminais marítimos foi o tema de um dos painéis da Rio Pipeline 2013, que acontece até o dia 26 de setembro (quinta-feira), no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. Mario Henrique Ferreira, especialista da Petrobras, salientou que as normas internacionais apresentam rigidez crescente, em virtude do protagonismo de temas como sustentabilidade e governança corporativa. “A partir do marco do ISGOTT (International Safety Guide for Oil Tankers and Terminals), em 1978, há exigências cada vez maiores para as companhias do setor para tornar os terminais mais seguros, sustentáveis e transparentes. A MTMSA (Marine Terminal Management and Self Assessment), norma lançada no ano passado, estabelece punições que podem chegar à proibição do funcionamento das companhias em vez das pesadas multas que ocorriam em um passado recente”, afirma Ferreira.

As normas mencionadas por Ferreira são estabelecidas pela OCIMF (Oil Companies International Marine Forum). Dentre as principais mudanças, estão a categorização dos terminais de acordo com o número de exigências cumpridas, em uma escala de 1 a 4. O especialista explicou como funciona o sistema de monitoramentos das mudanças e adequações às novas normas internacionais que está sendo implantado Transpetro. “A gestão dessas mudanças se tornou um case internacional para o setor”, completa o técnico da Petrobras. De acordo com ele, um banco de dados em rede foi organizado para o acompanhamento simultâneo das mudanças de todos os terminais da companhia. “Nosso desafio é tornar toda a companhia ciente e envolvida na mudança para normas cada vez mais rígidas”, conclui.

Selo de qualidade nacional-Única representante brasileira nas principais feiras brasileiras do setor dutoviário, a Liderroll, patrocinadora da Rio Pipeline 2013, expõe na feira deste ano o Global Pipeline Award, prêmio concedido pela ASME (Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos) por apresentar a tecnologia mais inovadora na última edição, há dois anos.

Com sede em Duque de Caxias e apenas seis anos de existência, a Liderroll foi a primeira companhia nacional a receber o prêmio e atualmente desenvolve projetos no Rio, Ceará e Maranhão, entre outros locais.

Trabalhos técnicos discutem travessia de dutos em rios

Dois trabalhos técnicos apresentados nesta quarta-feira (25), segundo dia da Rio Pipeline 2013, tiveram como tema a travessia de dutos em rios, com foco na otimização do tempo e dos custos de implementação. Os trabalhos apresentados por profissionais da Petrobras reportaram soluções para a travessia de rios – ação considerada delicada no processo de implantação dos dutos.

O primeiro trabalho foi um estudo de caso sobre a solução adotada para a travessia de um rio próximo a Fortaleza (CE), onde se decidiu pelo uso de uma ponte dutoviária (via aérea) para a transposição, em vez da tecnologia de perfuração horizontal direcional (HDD, na sigla em inglês), não indicada para este caso, como explicou a engenheira Ana Cecília Campello Soares.

Entre outros aspectos, nas sondagens feitas observou-se a existência de subsolo heterogêneo, com três tipos de formações rochosas – xisto, gnaisse e granito – além de eventuais veios de quartzo – rocha considerada altamente abrasiva para o uso de ferramentas de perfuração. “A heterogeneidade da massa rochosa dificulta a definição das ferramentas”, destacou Ana Cecília, um dos seis autores do trabalho, ressaltando que o uso de ponte de dutos não será necessariamente mais econômico do que o HDD nas travessias.

Já o trabalho técnico “Método Automático para Cálculos de Parâmetros de Riscos mais Acurados em Cruzamento de Dutos Subterrâneos”, de Melina Almeida Gonçalves e Douglas Coimbra de Andrade, apresenta um software desenvolvido para o cálculo de parâmetros de trechos de rios a fim de se definir condições técnicas mais precisas para a travessia de dutos. O método calcula a profundidade e a distância da travessia do rio a partir de dados topobatimétricos (de relevo e profundidade do rio) a partir de dados de séries históricas de vazão. Com tais informações incluídas no software, permite-se traçar o perfil do rio em um ponto específico, onde pode-se visualizar mais detalhadamente as condições físicas e geológicas da travessia, destacou Douglas.

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