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23/11/2007 - 09:49

Vendas em dólares do atacado químico aumentam 22% em outubro


O comércio distribuidor de produtos químicos e petroquímicos registrou, em outubro de 2007, crescimento de 21,8% nas vendas em dólares, na comparação com setembro. Em reais, o aumento foi de 16,6%. A informação é do “Relatório Tendências”, elaborado mensalmente pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos (Associquim) e o Sindicato de Produtos Químicos e Petroquímicos no Estado de São Paulo (Sincoquim).

Rubens Medrano, presidente da Associquim e do Sincoquim, atribui a reação positiva do mercado ao bom desempenho da economia, notadamente da indústria, que apresentou até setembro crescimento de 5,2%, e do comércio varejista, que registrou acumulado de vendas de 9,7% até setembro. Segundo Medrano “a inflação controlada e a oferta de crédito, somadas ao aumento de renda, aceleraram as vendas do mercado interno, abrindo um novo destino para a produção da indústria, antes direcionada mais fortemente para as vendas externas”. Ele informa ainda que diante do desempenho favorável de outubro, a expectativa é de queda de 4% nas vendas de novembro. Acredita, entretanto, que esse impacto pode ser amenizado em razão do bom comportamento dos indicadores econômicos.

Os estoques foram mantidos em níveis normais, equivalendo a 30 dias de vendas, e as condições de vendas a prazo tiveram acréscimo financeiro médio de 2,2%. Não foram observadas grandes alterações nos preços em dólares, que apresentaram variação de 1,4%. As condições de preços em alta das commodities agrícolas, segundo os informantes do “Relatório Tendências”, não foram transferidas para os produtos químicos, que continuam a apresentar oscilações normais no mercado internacional.

Com o comportamento das vendas em dólares do mês de outubro, os índices de vendas acumulam até o mês analisado apresentaram vantagem sobre igual período do ano anterior, conforme se verifica no gráfico seguinte.

A diferença positiva em relação ao ano de 2006 se consolidou a partir do mês de abril, superadas as dificuldades iniciais de vendas no primeiro trimestre do ano, quando a atividade econômica demorou a deslanchar. A variação acumulada até outubro alcançou 11,2%, a maior observada em 2007, atingida após resultados crescentes, com a introdução de novos meses a partir de abril.

O mês de outubro do ano em curso, relativamente a iguais meses de anos anteriores, registrou crescimento representativo, que pode ser observado a partir dos índices de venda em dólares representados no gráfico seguinte.

Observa-se que em 2007 as vendas em dólares apresentaram o melhor resultado dos últimos anos, reflexo das variáveis positivas que predominam na economia brasileira. Destaque-se também que a série histórica existente desde 1989 mostra que o mês de outubro é quase sempre o que melhor desempenho apresenta no segundo semestre, em função do comportamento da indústria, que se prepara para abastecer o mercado no final de ano.

A análise do comportamento dos meses de 2007, comparativamente a iguais períodos de 2006, possibilita verificar que a partir do primeiro trimestre deste ano as vendas foram superiores em todos os demais meses. O gráfico abaixo demonstra tal desempenho dos meses deste ano.

A maior variação mensal obtida por um mês de 2007 sobre igual mês do ano passado, ocorreu em outubro, com 33,5% de vantagem, o que mostra o excelente desempenho das vendas no mês em análise.

Condições de operação - Diante das condições favoráveis do mercado poucas alterações foram efetuadas na forma de operar das empresas, a não ser a de buscar maior número de compradores. Foi esta a posição informada por 75% dos informantes do “Relatório Tendências”. Alguns consultados declararam que ampliaram a área geográfica de atuação, em decorrência do crescimento do mercado consumidor.

Um item incluído no questionário, em razão do tradicional posicionamento do setor contra aumento de impostos, referiu-se à prorrogação da CPMF — Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira. Somente 12% das respostas indicaram posição favorável, muito embora com a ressalva de que deveria haver um programa de cortes de gastos para justificar sua manutenção, conforme desejo do governo. Os demais participantes demonstraram posição contrária à permanência do imposto, cuja destinação não tem a transparência necessária e exigida pela sociedade. | Por: Departamento de Economia da Associquim/Sincoquim

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