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04/10/2013 - 06:45

Com aquisição de participação na VLI: FI-FGTS busca consolidar seus investimentos em logística ferroviária e portuária

Fundo assinou acordo para adquirir até 15,90% das ações da VLI, empresa de logística de carga geral, controlada pela mineradora Vale.

Com um plano de investimentos ousado, de mais de R$ 9 bilhões para o período de 2013/2017, a Vale assinou um Acordo de Investimento com o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), que possibilitará a entrada do Fundo no capital da VLI. Trata-se de um aporte de recursos diretamente na companhia, com o intuito de acelerar o plano de investimentos da VLI no segmento de logística ferro-portuária.

A operação ainda será analisada pelos órgãos governamentais competentes, incluindo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), a quem caberá a análise e a eventual aprovação do acordo em relação aos aspectos concorrências. O investimento está sujeito ainda a outras condições suspensivas, usuais em operações desta natureza.

A possível entrada do FI-FGTS no capital da VLI está aderente aos preceitos da Lei 11.491/07, que criou o FI-FGTS, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com a finalidade de ampliar os investimentos em infraestrutura e alavancar o crescimento da economia brasileira.

O FI-FGTS assinou acordo para adquirir até 15,90% do capital social da VLI, integralmente por meio de emissão primária de ações ordinárias, representando um aporte de R$ 1,2 bilhão. Trata-se do maior investimento de equity do Fundo no setor de logística ferro-portuária.

A Vale também assinou Acordo de Investimento com a Mitsui & Co. para a transferência de outros 20% do capital social da VLI, num investimento total de R$ 1,509 bilhão, sendo R$ 800 milhões em novas ações, o que em conjunto com o investimento do FI-FGTS totaliza um volume de R$ 2 bilhões em emissão primária de ações.

A Vale anunciou ainda que está em negociação, em caráter de exclusividade, com um consórcio liderado pela Brookfield Brasil Ltda., subsidiária da Brookfield Asset Management Inc., para a venda de aproximadamente 26% de sua participação no capital da VLI, em uma transação exclusivamente secundária. Caso a transação com Brookfield se concretize nos termos acima, a participação da Vale na VLI será reduzida para menos de 40%.

De acordo com o vice-presidente de Gestão de Ativos de Terceiros da CAIXA, Marcos Vasconcelos, o investimento do FI-FGTS na VLI é estratégico para o Fundo. “Estamos confiantes. Acreditamos no futuro da logística integrada como alternativa para solucionar os gargalos de transportes de carga do país”, afirmou. Ele também comentou sobre o processo de investimento. “Foi um processo bastante competitivo, que atraiu o interesse de diversos investidores internacionais. Afinal, esse é um dos melhores ativos disponíveis no Brasil atualmente. A VLI atuará como operador logístico nos moldes do novo Marco Regulatório do Setor. A companhia já tem expertise nesse modelo de negócios, isso é muito bom para o Fundo”, afirmou.

Para o presidente do Comitê de Investimento do FI-FGTS, Jacy Afonso, “este investimento é um marco para o Fundo. “É o maior investimento em participação numa companhia de logística”, disse. O presidente falou também da geração de empregos. “O volume de recursos do plano de investimentos da VLI é muito grande; estes investimentos vão gerar muitos empregos”, comentou.

Os recursos a serem aportados pelo FI-FGTS servirão para a modernização dos ativos e para a ampliação da capacidade de transporte de carga da VLI. Estão previstos investimentos na aquisição de locomotivas e vagões, em vias permanentes, pátios, além de terminais portuários e de transbordo. Serão beneficiadas inicialmente as regiões já servidas pela VLI, bem como, no futuro, outras regiões nas quais a companhia venha a atuar.

O investimento do FI-FGTS na VLI contribuirá para a melhoria da infraestrutura nacional de ferrovias e de terminais portuários. Ao liderar os investimentos em infraestrutura, o Fundo pavimenta o caminho do setor, na busca por maior produtividade e competitividade, com geração de emprego, renda e desenvolvimento econômico e social.

A VLI é uma operadora logística baseada no tripé armazém/ferrovia/porto que movimenta carga geral de mais de 100 clientes através de um sistema de logística integrada, baseado em ativos próprios e de terceiros. A VLI organizou suas operações em cinco corredores logísticos, estrategicamente posicionados para atender às principais regiões agrícolas e industriais do Brasil com destaque para os corredores Centro-Sudeste, Centro-Leste e Centro-Norte.

A VLI possui concessões e subconcessões ferroviárias (FCA e FNS) com cerca de 10.700 km de extensão, com material rodante composto por 13.000 vagões e 600 locomotivas e tem acesso às ferrovias de concessão da Vale (EFC e EFVM).

A VLI opera cinco terminais terrestres integrados, com outros cinco terminais em desenvolvimento, um terminal marítimo privado em Santos, contrato de operação de um berço no porto de Itaqui em São Luís, Maranhão, e acesso aos portos e terminais marítimos da Vale. A companhia emprega atualmente mais de 6.000 pessoas em dez estados.

FI-FGTS: o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) foi criado pela Lei 11.491/07 e tem por finalidade investir em ativos de infraestrutura no Brasil, visando promover o desenvolvimento do país, por meio da modernização e da ampliação da capacidade instalada dos setores de rodovia, ferrovia, hidrovia, porto, saneamento e energia, conforme seu Regulamento. A gestão e administração do patrimônio do Fundo estão à cargo da CAIXA. O objetivo do FI-FGTS é proporcionar a valorização das cotas, por meio da aplicação de seus recursos na construção, na reforma, na ampliação ou na implantação de projetos de infraestrutura naqueles setores e em empreendimentos complementares a eles.

O FI-FGTS destina-se a receber aplicações de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e, quando autorizado pelo Conselho Curador do FGTS, de Fundos de Investimento em Cotas do FI-FGTS. Desde sua criação em 2007, o FI-FGTS já investiu mais de R$ 24,5 bilhões em infraestrutura no Brasil.

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