Barreiras do setor de exportação impactam o segmento de balas no Brasil

Números da ABICAB revelam dificuldades das empresas num mercado global cada vez mais competitivo.

São Paulo – Os fabricantes de balas do Brasil fecharam o primeiro semestre com uma queda de 10,4% nas exportações do produto, segundo dados da ABICAB – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados. Os números refletem os desafios enfrentados pelo setor, como o chamado “Custo Brasil” e os baixos investimentos em inovação, para tornar os produtos mais competitivos no exterior.

“Problemas na infraestrutura dos transportes (frete rodoviário alto e má estrutura portuária), cópia de produtos brasileiros por chineses e indianos a preços baixos, o alto preço do açúcar no mercado interno, e a falta de acordos comerciais para eliminação de impostos de importação, são os principais fatores que fazem as indústrias registrarem uma queda acentuada nas exportações”, afirma Osmar Chaves, vice-presidente de Balas da ABICAB.

A competitividade de países como Colômbia, México e Turquia, conflitos no Oriente Médio e a alta do dólar nos mercados compradores, também dificultam a inserção dos produtos brasileiros no mercado externo. “As empresas brasileiras precisam fazer a “lição de casa”, modernizando as linhas de produção para alcançar um patamar de qualidade adequado em mercados exigentes como Estados Unidos e Canadá. Além disso, é fundamental investir em inovação, oferecendo um diferencial ao mercado com novas embalagens, sabores e formato”, complementa Osmar.

A ABICAB – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados foi fundada em 1957 com o objetivo de responder pela política do setor junto às esferas públicas e privada, tanto no Brasil quanto no exterior. Suas diretrizes são voltadas para a valorização destas indústrias, que são responsáveis pela geração de 31 mil empregos diretos e 62 mil indiretos. Atualmente, a ABICAB engloba a cadeia produtiva nacional, representando 92% do mercado de chocolates, 70% do mercado de balas e confeitos, 80% do mercado de amendoim e 100% do mercado de cacau.