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11/10/2013 - 08:37

GE reinventa a forma de fazer mamografia


Estudos indicam que 25% das mulheres não realizam periodicamente a mamografia por conta da sensação de ansiedade e medo da dor que o exame pode ocasionar. Com o intuito de reduzir cada vez mais esse indicador e atentar a população para o diagnóstico precoce do tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, a GE Healthcare desenvolveu uma tecnologia capaz de reduzir a ansiedade e o receio que são comuns antes da realização da mamografia. E o Hospital de Câncer de Barretos, localizado na cidade de Barretos (SP), é o primeiro do Brasil a adquirir essa solução.

O SensorySuite é uma sala de mamografia que oferece técnicas de imersão em realidade virtual para estimular os sentidos da mulher, por meio de experiências olfativas, visuais e sonoras que proporcionam relaxamento, desviando a atenção do exame e ajudando a reduzir o desconforto. Antes de realizar o procedimento, a paciente pode escolher a experiência a ser vivenciada durante a mamografia: ambientes que simulam jardim, cachoeira ou mar, com som ambiente, telas de projeção das paisagens e fragrâncias relacionadas ao tema selecionado.

Em entrevista para o GE Imprensa Brasil, a Dra. Silvia Prioli Souza Sabino, radiologista mamária do Departamento de Prevenção do Hospital de Câncer de Barretos, fala sobre a importância dessa tecnologia.

.Como a Dra. enxerga essa nova tecnologia? Podemos dizer que é uma evolução para as mulheres? -Podemos sim considerar essa novidade como um avanço para o mercado e contamos com inovações como esta para disseminar a importância da mamografia no diagnóstico precoce do câncer de mama, além de aliviar o temor de muitas mulheres com relação ao exame. É comum que as pacientes relatem para outras mulheres a dor sentida durante o exame, disseminando assim o medo da mamografia. E com o SensorySuite comprovamos que, das 160 pacientes entrevistadas, 93% recomendariam às amigas e 98% retornariam para realizar um novo exame.

.Essa tecnologia já está disponível fora do Brasil? -Há dez unidades do SensorySuite instalados no mundo, dos quais apenas três realizam estudos clínicos e estão localizadas na Bélgica, Canadá e Brasil, representado pelo Hospital de Câncer de Barretos. Os dados dessa pesquisa serão apresentados durante o Congresso Mundial de Radiologia (RSNA), que acontece em dezembro, em Chicago (EUA). Entretanto, logo teremos mais informações sobre como essa tecnologia está reinventando a mamografia e como ela poderá nos ajudar no combate mundial do câncer de mama.

.Em seu ponto de vista, em quantos % essa novidade aumentará a realização de exames no Hospital? -Adquirimos recentemente essa tecnologia, por esse motivo ainda não é possível avaliar o impacto causado. Porém podemos dizer que 85% das pacientes que já realizaram a mamografia com o SensorySuite consideraram o exame mais confortável do que quando fizeram anteriormente. E isso é extremamente importante para nós, pois certamente estas pacientes irão disseminar essa informação e, com isso, nossa expectativa é ajudar a desmistificar o exame de mamografia.

.Agora falando sobre a importância da mamografia, no Brasil há muitas mulheres que deixam de realizar esse exame? -Infelizmente, no Brasil, adotamos um modelo de rastreamento denominado de oportunístico, onde existe uma procura espontânea da mulher pelo serviço de mamografia. Na Europa, por exemplo, os programas de rastreamento instituídos são do modelo organizado e a taxa de cobertura é superior a 70% da população alvo, alcançando até 82% na Holanda. Aqui, por falta de dados, não conseguimos dizer quanto temos de cobertura, mas posso afirmar que estamos aquém da taxa de 70% que é o desejável pelo Ministério da Saúde. Posso dizer ainda que, por ano, são 52 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, sendo que 13 mil mulheres chegam ao óbito por conta desta doença. Esse número certamente seria bem menor se todas as mulheres tivessem acesso à mamografia e também não tivessem “medo” de realizar o exame. Por isso a conscientização do diagnóstico precoce é tão importante para reduzir esse número.

Para encerrar a entrevista, a médica falou sobre a campanha mundial que acontece este mês, o Outubro Rosa. “Ações são realizadas em todo o mundo na tentativa de estimular as mulheres a lutarem contra o câncer de mama, além de ser, também, uma homenagem às vítimas da doença. Esse é um momento muito importante para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. Apoiamos muito essa causa”, finaliza.

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