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11/10/2013 - 08:37

13° Prêmio ILOS consagra os 10 melhores operadores logísticos do país

Fleury apresenta pesquisa inédita com balanço de 10 anos de terceirização no Brasil.

Rio de Janeiro- No segundo dia do XIX Fórum Internacional de Supply Chain, dez empresas se destacaram ao vencer a 13ª edição do Prêmio ILOS, escolhidas a partir de uma pesquisa realizada pelo Instituto com 315 profissionais de carreira executiva, selecionados entre as mil maiores indústrias em faturamento do país. A grande vencedora foi a DHL Supply Chain, o segundo lugar ficou com a JSL e o terceiro com a Rapidão Cometa/ Fedex. Paulo Fleury, CEO do ILOS, traçou um panorama da terceirização no país com a divulgação de pesquisa inédita, enquanto Dale Rogers, Diretor do Center for Supply Chain Rutgers University, falou sobre as finanças em Supply Chain.

A DHL faz parte do maior Grupo de transportes e logística do mundo, a Deutsche Post DHL e é uma das maiores empresas do setor estando presente em mais de 220 países e territórios e, além de receber a primeira colocação geral, foi a mais votada por profissionais dos setores de Agronegócio, Automotivo e Autopeças, Comércio Varejista, Eletroeletrônicos, Higiene, Limpeza, Cosmético e Farmacêutico, destes 53% votos eram clientes, e 47% de não clientes.

Os demais colocados foram: 4° TNT Mercúrio, 5° Luft Logistics, 6° Aliança , 7° ALL (America Latina Logística) , 8° Expresso Jundiaí, 9° AGV Logística e 10° Log in.

Para a pesquisa indicadora do prêmio, cada profissional votou livremente em dois provedores logísticos, parceiros ou não da empresa, identificando as atividades onde cada um mais se destaca. Tecnologia da informação (78%), transporte de carga (77%), gestão integrada das operações (75%) e armazenagem (68%) foram as características de excelência mais votadas entre os vencedores. Os ganhadores também se diferenciam dos demais por terem maior receita média (R$ 1,514 mi X R$ 207mi), tempo de mercado (26 X 13 anos), certificação (90% X 73%), escritório no exterior (50% X 28%), armazéns (27% X 6 %) e frota própria (90% e 68%).

A história da logística brasileira é relativamente recente e agora começa a se consolidar. Se em 1997 eram identificadas apenas 35 empresas relevantes no país, hoje existem 136 grandes operadores, com soma de receita em R$ 136 bilhões e faturamento médio de R$ 360 milhões. Destes, 62% estão no mercado há 10 anos ou mais. Entre 2006 e 2011, o número de fusões e aquisições no setor de Transportes e Logística cresceu 115%.

O estudo de Paulo Fleury analisa os últimos dez anos de terceirização no Brasil. Durante esse período, o gasto das empresas com terceiros logísticos caiu de 69% para 65%, enquanto os custos internos aumentaram de 31% para 35%. “Esses indicativos transmitem um crescimento da importância organizacional do gestor logístico, fato que refletiu no governo com a criação de novas regulamentações, como a Nova Lei dos Motoristas, Lei dos Portos, aumento de restrições à circulação urbana e novas regulamentações de ferrovias”, explica Fleury.

A redução de custos ainda é o principal motivo para as empresas terceirizarem suas atividades logísticas (88%), seguido de custos em maior eficiência (87%) e redução de investimentos em ativos (87%). Ao fazer um comparativo com a pesquisa de 2003, as empresas hoje vêem uma necessidade maior de terceirização para melhoria de TI (30%-70%), maior know how (35% - 75%) e maior eficiência (44% - 87%). Já focar no core business teve uma diminuição de 76% para 73%.

As atividades mais terceirizadas são transporte de suprimentos (91%), de distribuição (90%) e de transferência (88%), e as menos são gestão integrada das operações logísticas (12%), de estoque (5%) e serviço ao cliente (4%). O maior responsável pela substituição dos prestadores continua sendo a má qualidade dos serviços (94%).

De acordo com os entrevistados, a entrada de operadores estrangeiros contribuiu principalmente para aumentar a concorrência (91%), profissionalizar (91%) e melhorar a qualidade do setor (88%). O estudo conclui ainda que atividades relacionadas à armazenagem como, por exemplo, montagem de kits, cross docking e embalagem, são as que mais devem crescer nos próximos três anos.

Dale Rogers explicou a importância das Finanças na Gestão de Supply Chain durante sua palestra, na manhã desta quinta-feira. “Entre os três fluxos existentes (finanças, produtos e informação), o financeiro é que exerce maior influência na definição da estrutura do SC de uma companhia, sendo utilizado para financiar os demais setores da organização”, avaliou. Para isso é preciso regular estreitamente os fornecedores e aumentar o prazo para o pagamento dos fornecedores. Em geral, quanto maior a empresa, mais tempo ela leva para realizar seus pagamentos. A grande tendência atual é utilizar bancos e empresas que fornecem soluções de bussiness payment, como a Orbian, para gerar fluxo de caixa. “O operador logístico ‘vende’ as contas recebíveis para um banco, que paga imediatamente, mas só recebe uma média de 30 dias após”, elucida Dale.

O ILOS e a Petrobras apresentaram um case sobre o abastecimento de petróleo nas refinarias de São Paulo. O trabalho desenvolvido pretendia sincronizar as cadeias e determinar melhorias operacionais para que fosse definido um volume médio diário de petróleo no estoque do Terminal Marítimo Almirante Barroso (TEBAR) – de onde sai a distribuição para as refinarias e terminais de São Paulo. A partir do estudo, que aconteceu entre 2011 e 2013, o estoque pôde ser reduzido em 23% e ao mesmo tempo foi possível aumentar o nível de serviço às refinarias, oferecendo para cada uma o tipo de petróleo mais adequado ao refino a partir de melhorias detectadas no projeto.

Na sexta-feira (11/10), Walter Zinn, Professor de Logística da Ohio State University, abre o último dia do evento com a palestra “As mudanças na matriz energética e o impacto na logística”. O ILOS apresenta o tutorial “Logística de apoio Offshore: desafios para o Brasil em 2020” e o workshop “Novo jogo da cerveja – Integração do Supply Chain”, com aplicativo que demonstra a importância da integração da cadeia de suprimentos para a redução de custos e a melhoria do nível de serviço.

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