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23/11/2007 - 11:30

Bolsa de Valores: caminho para sair da visão de curto prazo

O brasileiro ainda tem uma grande dificuldade em se planejar financeiramente para o longo prazo. As altas taxas de juros, os 30 anos de processo hiperinflacionário e as várias “pajelanças” feitas em frustrados planos econômicos nos levaram a concentrar nosso planejamento financeiro no curto prazo.

Não nos esqueçamos que há pouco tempo convivíamos com moedas indexadas e inflação diária de 3%! Este processo levou a maioria dos indivíduos e de nossas empresas a se preparar para controlar somente seu fluxo de caixa e o conta corrente, perdendo assim a oportunidade de ousar mais e usar o tempo a seu favor no quesito multiplicação da renda e patrimônio.

Nos últimos anos, a poupança dos indivíduos e empresas em nosso país se deu na sua quase totalidade na chamada Renda Fixa. Vale lembrar que tivemos casos de remunerações anuais superiores a 30 % ! , levando o Brasil ganhar por vários anos a liderança no pagamento das maiores taxas de juros do planeta.

Ou seja, de uma maneira racional o comodismo destas remunerações, onde por vários períodos em menos de três anos os recursos aplicados dobravam de valor quase que por “osmose”, embotou a maioria dos investidores a se interessarem pelo mercado acionário e projetos empresariais.

Pontos como, capitalização de resultados em novos negócios ou setores, oportunidades de investimentos produtivos para 10/15 anos, abertura de capital, planos de recuperação empresarial e credito em quantidade a taxas mais competitivas, pareciam para muitos histórias de ficção, só possíveis em economias de primeiro mundo.

Com a estabilização econômica da nossa moeda completando mais de uma década, os efeitos deste contexto começam cada vez mais a permear o dia-a-dia dos indivíduos e de nossas empresas, obrigando-nos a nos “reeducar financeiramente”.

Assim acreditamos que cada vez mais o Mercado Acionário e o mundo das Bolsas de Valores passarão a fazer parte do cotidiano de nossos investidores, poupadores e empreendedores.

Hoje estatísticas mostram que temos apenas 300 mil CPFs ativos na Bovespa. Com a continuidade do processo de estabilização e as taxas juros apontando remunerações anuais de um digito em um futuro próximo, é estimado que perto de 4% da população deverá estar ligada a este mercado ate 2010, ou seja, poderemos ter entre 8 a 10 milhões de pessoas interessadas neste dinâmico e crescente mundo da Renda Variável.

Como referencia destacamos que nos EUA este percentual de participantes é de 40 % da população.

Na prática quando falamos em Mercado Acionário algumas regras são fundamentais: - Criar disciplina pessoal, conhecendo sua equação pessoal de Risco x Retorno; - Ter expectativa de retorno em longo prazo; - Saber diferenciar Investimento de Especulação; - Fazer seleção de empresas; - Montar estratégias operacionais; - Ter conhecimento mínimo do mercado com suas regras, agentes e ferramentas. - Ter em mente que o PREGÃO é o local onde o MEDO a GANÂNCIA e a OPORTUNIDADE se encontram diariamente.

A que se ter claro em mente a diferença entre análise de mercado e estratégia operacional. Muitas vezes a mesma análise pode ter leituras diferentes em função do perfil de risco de cada atuante do mercado e expectativa de retorno de seus investimentos no tempo A combinação de tendências macroeconômicas, com sua otimização via ferramentas de análise gráfica/técnica vem se mostrando cada vez mais necessária.

Isto se dá pelo aumento da volatilidade dos mercados onde oportunidades e movimentos nos ativos são marcados e corrigidos muito rapidamente. Assim, critérios estatísticos que apontem estes padrões de comportamento na formação de preços vêm sendo cada vez mais utilizados pelos participantes do mercado, sejam eles profissionais ou não.

A análise gráfica, também conhecida como análise técnica, apesar de ter se popularizado, ainda vem sendo pouco utilizada como ferramenta de orientação, especialmente para a montagem de cenários de médio/longo prazo. Isto se justifica - ou não, pela relação entre o mercado e investidores. A massa de investidores reflete alguns padrões comportamentais, típicos do ser humano. A incógnita reside na interpretação destes padrões ao longo do tempo.

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. Por: Ricardo Sirotsky é Economista, professor do curso MBA Executivo em Finanças do IBMEC, membro do Conselho Consultivo do Projeto ALUMNI da Universidade Cândido MendesGestor e Analista de Mercados. Membro associado do IBEF desde 1992 e da ABAMEC desde 1991, eleito analista do ano de 2002 no Rio de Janeiro. Desde 1988 é sócio-presidente da Sirotsky & Associados, onde desenvolve técnicas avançadas na área de análise de investimentos. Idealizador do Guia de Investimentos Tips (em conjunto com o Jornal Valor) e do Trading System Quartil para o mercado de ações.

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