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23/11/2007 - 11:31

Produtores de Anonáceas participam de encontro na CATI

A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (CATI) vai sediarnos dias 23 e 24 de novembro, o III Encontro Brasileiro de Anonáceas, que terá como tema principal a fitossanidade. Atemóia, pinha, cherimóia e graviola são dessa “família” de frutas, que crescem em termos de consumo e surgem como alternativa de diversificação e geração de renda para agricultores familiares.

O evento é uma promoção conjunta da Cati, Associação Brasileira dos Produtores de Anonáceas, faculdades de Ciências Agrárias, de Ciências e o Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), todos do campus Botucatu. Contará com palestras e apresentações de trabalhos na sexta, a partir das 8 horas, e Dia de Campo numa propriedade de Itapetininga no sábado, a partir das 9.

De acordo com o diretor do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes da Cati, Armando Azevedo Portas, há mais de 20 anos o Núcleo de Produção de Mudas da CATI em São Bento do Sapucaí desenvolveu um método inédito de produção de mudas de atemóia, que viabilizou a implantação desse tipo de cultura em escala comercial em São Paulo e em outros Estados.

Em São Paulo surgiu a iniciativa de criação de uma associação nacional, o que também contribuiu para que, hoje, o Estado seja o líder brasileiro na produção da atemóia, com 1,5 mil hectares plantados. “Cada hectare tem em torno de 400 árvores e o Estado conta com cerca de 800 produtores”, calcula o engenheiro agrônomo e diretor do Núcleo de Produção de Mudas da Cati em Itaberá, Emmanuel Afonso Souza Moraes.

Ele explica que o cultivo de anonáceas normalmente é feito por fruticultores, mas as frutas também são consorciadas com grãos. A atemóia, por exemplo, pode ser colhida do final de março até julho. “Quem produz são pequenos agricultores. É possível produzir pelo menos 50 quilos por pé, com a fruta vendida a uma média de R$ 2 a R$ 3 o quilo, dependendo da qualidade, preço que se aproxima ao pago pela ameixa”, exemplificou.

Moraes salienta, no entanto, que o custo de formação dos pomares é elevado e que as anonáceas requerem um cuidado especial para gerar valorização no mercado e, conseqüentemente, boa renda. “É preciso muito cuidado com poda, nutrição, adubação... tudo isso interfere no sabor e no controle de pragas e doenças”, alertou.

A popularização das anonáceas tem feito com que passem a ser encontradas também em varejões. São frutas para nichos de mercado, mas que não se restringem mais a locais de venda especializados e estão com preços cada vez mais acessíveis ao consumidor, segundo o entrevistado. Seja in natura ou em sucos, agradam ao paladar e já começam a ganhar, ainda que timidamente, espaço no exterior. “Um trabalho foi iniciado no ano passado pela Associação dos Produtores de Caqui”, disse Moraes.

As principais áreas produtoras do Estado estão nas regiões de Sorocaba, Vale do Paraíba e região Noroeste. “As frutas podem se dar bem em outras localidades, mas ainda há muito desconhecimento sobre elas. Daí a importância de eventos do gênero”, comentou.

40 anos da CATI – O encontro faz parte das comemorações do aniversário de 40 anos de criação da Cati, que inclui vários outros até o final deste mês: Feira da Agricultura Familiar (26 e 27), Feira do Verde (26 a 30), Encontro dos Assistentes Agropecuários (28) e Óleos Vegetais como Combustível (29).

III Encontro Brasileiro de Anonáceas, dias 23 e 24/11, na Avenida Brasil, 2.340, Jardim Chapadão, Campinas (SP) | Email: [email protected] | Telefone: (14) 3811-6074. Programação completa no site: http://www.ibb.unesp.br/eventos/anonaceas/

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