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16/10/2013 - 08:07

Avanços no tratamento do tipo mais frequente de leucemia podem mudar história de doença

Especialista do Núcleo de Oncologia do Hospital Samaritano, Carlos Chiattone, comenta novas terapias.

A cidade alemã Colônia foi palco, em outubro, para a apresentação e discussão do que há de mais novo no tratamento da Leucemia Linfocítica Crônica. Esse é o tipo mais comum de leucemia, acometendo principalmente pacientes acima dos 60 anos de idade, mas cada vez mais vem sendo diagnosticada em pessoas mais jovens.

Segundo o especialista do Núcleo de Oncologia do Hospital Samaritano de São Paulo e professor de Hematologia e Oncologia da FCM da Santa Casa-SP, Carlos Chiattone – que esteve no congresso, as terapias apresentadas mostram que em um futuro muito próximo, o cenário será de tratamentos mais inteligentes, mais efetivos e menos tóxicos.

Chiattone afirma que houve uma verdadeira revolução no tratamento da doença nos últimos dez anos. “Por meio de estudos e pesquisas, foram desvendadas uma série de alterações biológicas da célula doente, que antes não se tinha conhecimento. Como consequência desses achados, foram desenvolvidas inúmeras terapias biológicas, conhecidas como terapias dirigidas ao alvo”, explica.

Novidades - Algumas novidades apresentadas para o tratamento são o uso de anticorpos monoclonais isolados ou acoplados com radioisótopos ou com toxinas, além de moléculas que interferem em determinadas vias do metabolismo celular alterado pelo câncer. “É um grande avanço. São medicamentos via oral, que atingem diretamente o defeito molecular que deu origem ao câncer. Os resultados preliminares são tão expressivos que o FDA, reconhecendo a mudança conceitual destes tratamentos, criou uma via rápida de análise para aprovação de algumas destas drogas”, explica o especialista.

Carlos Chiattone destaca que, ao longo da história, nenhum remédio tinha se mostrado útil em aumentar a sobrevida, apenas para melhorar a qualidade de vida. “Com todo arsenal disponível testado e um grande número de estudos clínicos, estimamos uma ampliação do sucesso terapêutico da Leucemia Linfocítica Crônica, em um curto período”.

De 15 a 17 de novembro, os principais avanços clínicos da área serão apresentados no 1º Encontro Ibero-Americano de Leucemia Linfocítica Crônica, em Punta del Este, Uruguai. O evento vai contar com oito dos mais renomados pesquisadores internacionais para apresentar os principais destaques do Congresso realizado na Alemanha. Carlos Chiattone, que é um dos organizadores deste evento, coordenará um fórum de discussão entre os especialistas latino-americanos sobre o tratamento desta doença em nosso meio, particularmente na disponibilização mais rápida destas novas drogas para os nossos pacientes.

A doença - A leucemia linfocítica crônica é um câncer de um tipo de glóbulos brancos denominados linfócitos. A leucemia linfocítica crônica (LLC) causa um aumento lento dos glóbulos brancos denominados linfócitos B, ou células B. As células cancerosas espalham-se pelo sangue e pela medula óssea e podem afetar também os linfonodos ou outros órgãos, como o fígado e o baço. Com o tempo, a LLC faz com a medula óssea deixe de funcionar.

Pacientes com LLC, geralmente, apresentam contagem de glóbulos brancos mais alta que o normal. Os exames para diagnosticar e avaliar a LLC incluem, principalmente: Hemograma completo com diferencial de glóbulos brancos, imunofenotipagem dos linfócitos, avaliação da imunidade e exames de imagem como a tomografia computadorizada para identificação de aumento de linfonodos, do baço e do fígado.

Os sintomas, geralmente, desenvolvem-se lentamente ao longo do tempo. Muitos casos de LLC são detectados através de exames de sangue realizados nos indivíduos por outros motivos ou os quais não apresentam nenhum sintoma. Os sintomas que podem ocorrer incluem: surgimento de sangramentos (ocorrem nos estágios avançados da doença); aumento dos linfonodos, do fígado ou do baço; fadiga; febre; infecções de repetição; perda de apetite e perda de peso.

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