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19/10/2013 - 08:57

A evolução da prestação de serviços passa pelo mundo virtual

As manifestações populares, que dominaram o cenário nacional no mês de junho, deixaram uma série de aprendizados e contestações. Sem abordar diretamente as insatisfações com os serviços públicos, com destaque para o transporte, educação e saúde, as reivindicações chamam a atenção pela forma como foram concebidas e organizadas. Pela primeira vez no nosso País, tivemos um movimento que comprovou o poder das mídias sociais e o alcance da Internet.

Pelos últimos levantamentos, no Brasil, o número de pessoas conectadas já supera a marca de 100 milhões de pessoas. Pesquisas de mercado referentes ao primeiro trimestre de 2013 indicam, exatamente, 105 milhões de pessoas conectadas no período. Um dos destaques é a classe C, que já domina os acessos, respondendo por 61% dos acessos.

Unindo os dois cenários - das reivindicações populares e do avanço do acesso à Internet -, podemos afirmar que chegamos a um momento no qual os serviços públicos também precisam aderir à era digital. Se, há alguns anos, a falta de acesso à Internet era um entrave e impedia a disponibilização de serviços pela web, hoje, o cenário mostra claramente que a grande parte da população já está conectada e precisa de mais serviços pela Internet.

Por meio de aplicativos móveis, atualmente, já podemos desde verificar o trânsito na cidade até solicitar um táxi em dia de chuva. Porém, a maioria esmagadora desses aplicativos e serviços online ainda pertence a empresas privadas.

Uma das principais características da Internet - além do imediatismo e comodidade - é a abundância de informações. Atualmente, o cidadão quer saber, nos mínimos detalhes, as informações sobre o que pretende adquirir ou usufruir. E, saciar a curiosidade do internauta tem sido uma das melhores ferramentas que as empresas utilizam para se aproximar dos clientes. Por serem mais rápidas e versáteis, as organizações privadas conseguem atender de maneira mais satisfatória os anseios da população.

No que se refere ao setor público, alguns órgãos já disponibilizam serviços online, como é o caso da inscrição e agendamento da inspeção veicular em São Paulo; um mapa interativo online, com a localização, telefone e serviços oferecidos pelas unidades públicas do município de Pouso Alegre ou até mesmo os sistemas de acesso à informação obrigatórios por lei.

Porém, estes serviços ainda são incipientes e, também por causa disso, não atendem com a mesma eficácia os cidadãos. Outros motivos decorrem de o poder público não ter a mesma versatilidade das empresas e ter de cumprir uma série de etapas burocráticas até as ações, de fato, serem realizadas.

Em se tratando de Internet, não há ainda uma legislação que estabeleça os parâmetros claros para as ações. De análise em análise, o chamado marco civil vai sendo postergado, alterado e influenciado de acordo com interesses oriundos do setor público e privado.

As manifestações que ocuparam (e que ainda ocupam, de maneira pontual) as ruas das cidades brasileiras saíram do mundo virtual e vieram para o “mundo real” reivindicar melhorias na qualidade dos serviços. Porém, entre as reivindicações poderia muito bem estar a necessidade dos serviços serem disponibilizados virtualmente.

. Por: Marcos Sakamoto, presidente da Assespro-SP. | Perfil-A Assespro é uma associação empresarial que congrega as empresas de TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) e tem como objetivo ser a interlocutora do setor na busca e defesa de seus interesses diante do mercado e das autoridades. A Assespro-SP é a regional da entidade no Estado de São Paulo. | www.assespro-sp.org.br.

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