Mais uma evolução no resultado 3T13 de Fibria, aponta BB Investimentos

De acordo com análise de Victor Penna, do BB Investimentos, diante de um período menos intenso em paradas programadas para manutenção, a recuperação da demanda na América do Norte e Ásia, a desvalorização cambial no período e o maior preço médio praticado proporcionaram à Fibria um resultado consistente e com boa evolução no terceiro trimestre de 2013 quando comparado ao trimestre anterior. Além disso, a melhora gradual do resultado nos últimos doze meses, aliada à redução do nível de endividamento com a recompra de títulos de dívida menos atrativos, resultou em uma nova redução no grau de endividamento da companhia. que atingiu o menor nível de Dívida Líquida/Ebitda (3,0x em reais; 2,9x em dólar) desde a criação da Fibria em 2009.

“América do Norte e Ásia impulsionam as vendas. Com o fim do verão no hemisfério norte e a inauguração de novas máquinas de papéis para fins sanitários na China nos últimos meses, a demanda por celulose avançou e a Fibria conseguiu apresentar um crescimento de 2,5% nas vendas sobre o trimestre anterior, atingindo 1,301 milhão toneladas. Por sua vez, o preço médio praticado em reais também avançou, não só em função do aumento da cotação no mercado internacional, mas também pela valorização de 11% do dólar médio no período, resultando em uma receita líquida total de R$ 1,8 bilhão (+10,3% T/T). Em relação ao mesmo período de 2012, a receita aumentou 18,5%, também em decorrência do aumento nas vendas, câmbio e preço médio praticado”, frisou o analista.

Custo Caixa-”Como houve parada para manutenção apenas na unidade Jacareí, o custo caixa atingiu R$ 501/ton. no 3T13 versus R$ 546/ton. no trimestre anterior, valor 8,2% menor, mas que foi parcialmente compensado com a desvalorização cambial, já que aproximadamente 15% do custo caixa está atrelado ao dólar. Segundo a Fibria, excluindo o efeito da parada, o custo caixa iria para R$ 482/ton”, informou.

Resultado Operacional e Financeiro-Apesar da elevação no volume de vendas, que implica em maiores gastos com logística, as despesas com vendas se mantiveram estáveis em relação ao 2T13. Como também não houve variação nas despesas administrativas, o EBITDA ajustado - que exclui a variação do valor justo dos ativos biológicos, baixa de imobilizado e outras provisões - totalizou o valor recorde para a companhia de R$ 762 milhões (+17,8% e +33,0% A/A), com margem de 41,4%. Já o resultado financeiro foi menos influenciado pela variação cambial em função da baixa variação do dólar no final dos períodos, o que acabou levando a Fibria a registrar um lucro líquido de R$ 57 milhões, versus prejuízo de R$ 593 milhões no 2T13 e de R$ 212 milhões no 3T12.

Perspectivas - A Fibria continua focada na obtenção do investment grade através de iniciativas de controle de custo, redução do endividamento e do custo médio da dívida que, juntas, têm incrementado seu resultado a cada trimestre. Como o movimento continua positivo no mercado de celulose, especialmente na América do Norte e na Ásia, a perspectiva é de novos avanços no resultado do 4T13, e ainda com possibilidade de novos reajustes – para cima - de preços.