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27/11/2007 - 09:50

Estudo revela relação entre poluição e a síndrome do olho seco

São Paulo é a maior cidade da América Latina, com mais de 10 milhõesde habitantes e por onde transitam mais de 8 milhões de veículos. A altitude e as condições atmosféricas da cidade dificultam a dispersão do ar, fazendocom que a cidade funcione como uma grande câmara de intoxicação. Osprincipais contaminantes ambientais são monóxido de carbono (CO), óxidos denitrogênio (NOx), dióxido de enxofre (SO2), ozônio e material particulado(PM), e são produzidos pelas indústrias e pela rede de transporte veicular.

Uma pesquisa, realizado em setembro de 2007, constatou que os olhos também são afetados pela poluição e que a causa da inflamação crônica é atentativa de proteger os olhos do agente agressor. O estudo mostra também que a poluição predispõe a ou acentua alterações oculares como alergia e a Síndrome do Olho Seco.

Dados de voluntários de São Paulo foram analisados e comparados com os de Divinolândia, cidade localizada no interior do estado de SP, de níveis mais baixos de poluição, por estar localizada em zona rural*. Cada pessoa permaneceu com um monitor individual de poluição por 7 dias, em todos os momentos, e a superfície ocular foi avaliada por meio de exame clínico e de citologia de impressão, que é um exame que permite a avaliação das camadas superficiais da conjuntiva.

"A conjuntiva é a mucosa dos olhos mais exposta ao ambiente externo, e somente o filme lacrimal separa a superfície dos olhos da ação direta dos poluentes", explica Dra. Priscila Novaes, oftalmologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo -HCFMUSP. "Sintomas irritativos como olhos vermelhos, sensação de areia nos olhos, ardência e irritação são mais freqüentes em pessoas que vivem em ambientes mais poluídos", completa.

O Grupo de Superfície Ocular e o Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental, do HCFMUSP, em conjunto com o Laboratório de Investigaciones Oculares da Universidad de Buenos Aires foram responsáveis pela pesquisa que evidenciou também que existe uma variabilidade nesta resposta e que alguns indivíduos são mais susceptíveis à ação dos poluentes dispersos no ar do que outros.

Novaes P, Saldiva PHN, Kara-José N, Macchione M, Matsuda M, Racca L, Berra A. 2007. Ambient Levels of Air Pollution Induce Goblet Cell Hyperplasia in Human Conjunctival Epithelium Environ Health Perspect: doi:10.1289/ehp.10363. [Online 14 September 2007]. http://ehp.niehs.nih.gov/docs/2007/10363/abstract.html. | Site: www.ehponline.org

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