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25/10/2013 - 09:07

Macarrão: mangia che ti fa bene ...

Nesse dia 25 de outubro comemoramos mundialmente o dia do macarrão. Isso porque a data marca o primeiro Congresso Mundial de Massas que ocorreu em 1995, na Itália. O Brasil está entre os países em que mais consomem macarrão no mundo. Claro que boa parte desse hábito vem da cultura gastronômica italiana trazida pelos imigrantes.

Mas ao contrário do que muitos pensam os verdadeiros criadores da massa, foram os árabes, que passaram tanto pela Sicília quanto pela península Ibérica, no período da Idade Média. Eles foram provavelmente os responsáveis por introduzir o macarrão na Itália, onde a receita foi aprimorada e se disseminou para o resto do mundo. Entretanto, diante da globalização e dos tempos da alimentação fast food, ele começou a ser apontado como um vilão da boa forma e precursor de males típicos da nossa época, como o colesterol alto e o diabetes.

Felizmente, uma nova leva de pesquisas vem fazer justiça ao alimento que é um dos mais apreciados do planeta, resgatando o direito único e insubstituível de apreciar um prato de massa sem nenhuma culpa. Sim! O macarrão pode ser considerado um alimento nutritivo. A redução no tempo de transformação do carboidrato em açúcar faz com que o macarrão seja considerado um alimento com “índice glicêmico” (IG) de baixo a moderado.

O índice glicêmico é a velocidade que o alimento leva para ser absorvido e ser transformado em açúcar no sangue. Dessa forma, o macarrão proporciona sensação de saciedade mais prolongada, o que ajuda no consumo adequado de calorias. Deve-se pensar que como qualquer outro alimento do seu grupo, o dos carboidratos, ele só engorda se o consumo for excessivo, ou quando se erra nos acompanhamentos.

Podemos colocar que o macarrão que é maléfico a saúde, é o macarrão instantâneo que possui quantidades de sódio e gordura acima das recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esses altos índices são consequência da fritura a qual o macarrão é submetido para que possa ser cozido rapidamente depois. Fora o acréscimo do tempero que em 5g encontra-se por volta de 1400mg de sódio, 60% da quantidade diária recomendada para um adulto saudável.

Hoje encontramos vários tipos de macarrão no mercado, temos: integral, integral sem glúten, de arroz, de milho, quinoa, enriquecidos, etc. O macarrão integral chega a ter três vezes mais fibras do que o macarrão convencional. Na prática, isso significa que ele é absorvido mais lentamente pelo organismo, o que promove maior saciedade e fornece, além das fibras, micronutrientes como vitaminas e sais minerais, que estão concentrados na casca do grão de trigo. O macarrão feito à base de milho é isento de glúten, possui zero teor de sódio, não contém colesterol e gordura trans, por isso, é uma opção saudável e saborosa para o seu dia a dia.

Já é possível encontrar massas adicionadas de legumes (beterraba, espinafre e cenoura) e que, além de colorirem naturalmente o alimento, agregam diversos nutrientes ao prato. O enriquecimento com minerais também vem sendo empregado, inclusive em massas pré-cozidas voltadas para o público infantil. São opções saudáveis, mas que não excluem a necessidade de se consumirem vegetais e legumes in natura.

É claro que, sendo integral ou não, se o macarrão estiver mergulhado em molho cremoso, ele terá muita gordura e calorias. Por isso, a primeira regra é evitar molhos brancos, rosé ou à base de queijos. A diminuição de creme e manteiga nas receitas torna este prato um aliado à saúde e bem estar.

Devemos pensar que nenhum alimento deve ser analisado de forma isolada. O que deve ser levado em conta é a composição da dieta, além da forma de preparar os alimentos. O macarrão, quando consumido em porções adequadas e combinado com legumes, verduras e outros alimentos pouco calóricos, transformando-o, dessa maneira, em uma refeição completa.

. Por: Daniela Maria Alves Chaud - Possui graduação em Nutrição pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1991), Mestrado e Doutorado em Ciências Aplicadas à Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo (1998 e 2004), especialização em Padrões Gastronômicos (pela universidade Anhembi-Morumbi – 2006). Atualmente é Coordenadora e Docente do Curso de Nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie. | Perfil da Mackenzie-A Universidade Presbiteriana Mackenzie está entre as 100 melhores instituições de ensino da América Latina, segunda a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.

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