OdontoPrev: margens melhores do que o esperado, mas crescimento de beneficiários ainda é motivo de atenção,aponta BB Investimentos

“O resultado da OdontoPrev no terceiro trimestre de 2013 foi bom pela forte expansão de margens operacionais, que ficou além do esperado, tendo em vista que reflete importantes ganhos de eficiência e também crescimento do tíquete médio, mesmo em um ambiente econômico menos favorável para o setor da companhia. Outro ponto que avaliamos de maneira positiva é a representatividade dos segmentos de micro e pequenas empresas-MPE e planos individuais – 17% no total - na carteira de clientes, mostrando que a estratégia de focar nesse público segue um caminho que demonstra ser promissor. Por outro lado, o dado preocupante no desempenho do trimestre é o baixo crescimento no número de beneficiários, que persiste ao longo de todo o ano. Alertamos para o fato de que se a expansão da base de beneficiários continuar em ritmo lento no longo prazo, o risco de impactos desfavoráveis na rentabilidade da companhia pode ser maior, considerando a probabilidade de um cenário de estagnação no nível do tíquete médio, principalmente em razão de acirramento da concorrência. No entanto, acreditamos que a estratégia de focar o segmento MPE e dos planos individuais para pessoas físicas comercializados em agências bancárias pode reverter essa tendência de desaceleração do crescimento da base de beneficiários, mas ainda assim, consideramos esse o principal desafio da empresa”, analisou Mário Bernardes Junior, do BB Investimentos.

Movimentações societárias e na Diretoria Executiva -”Em meados do mês, a companhia anunciou a reorganização da sua estrutura societária, com a consequente mudança no management, sendo: (a) a aquisição indireta, pelo Bradesco Saúde, e a venda pelo fundador da companhia Randal Zanetti, de 6,5% de sua participação acionária; (b) a alteração do CEO da Companhia, que passou a ser Mauro Figueiredo, que estava na empresa de planos de saúde pós-pagamento MediService; e (c) Zanetti assumirá o cargo de vice-presidente do Conselho de Administração, permanecendo como acionista, com participação equivalente a aproximadamente 1%”, lembrou o executivo.

O número de beneficiários -No terceiro trimestre de 2013, o número de beneficiários continuou a ter baixa elevação, ficando 4,5% acima do 3T12, chegando a 6.102 mil, o que representa +92,6 mil vidas à base.

Receitas e tíquete médio-A receita operacional líquida da companhia teve aumento de 11,0% em relação ao 3T12, totalizando R$ 269,8 milhões. O tíquete médio no 3T13 ficou em R$ 15,40, +6,6% A/A, ficando praticamente dentro da alta inflacionária no período.

Índice de sinistralidade-O custo de serviços (índice de sinistralidade) ficou em 48,8%, com boa queda de 1,2 p.p. na comparação com o 3T12, um total de R$ 131,7 milhões. Já em relação ao trimestre imediatamente anterior, a redução foi de 0,5 p.p.