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27/11/2007 - 10:40

Construir 2007 atrai 184 mil visitantes e negocia R$ 550 milhões


Edição 2008 terá Salão da Construção Pesada e Centro de Capacitação Profissional.

Rio de Janeiro - Com um total de 184 mil visitantes, entre lojistas, construtores, engenheiros, arquitetos, decoradores, atacadistas/distribuidores, síndicos, universitários e profissionais da construção civil, a Construir 2007 – Feira Internacional da Construção terminou sábado (24/11) superando todas as expectativas. Os organizadores estimaram hoje que os 300 expositores de todo o país, entre grandes atacadistas e fabricantes de material e máquinas e equipamentos para a construção civil, vão faturar um mínimo de R$ 550 milhões nos próximos 12 meses. Um aumento de mais de 14% sobre 2006.

Segundo Jerônimo Vargas, diretor da Escala Eventos, a principal organizadora da feira, ao lado de Elmo Esteves, da King Ouro, “a edição 2007 foi histórica”, com renovação imediata de 70% dos espaços para 2008. Ele acredita que nos próximos 15 dias a Construir 2008 conquistará 90% de renovação. A edição 2007, teve 73% de renovação, incluindo os contratos pós-evento. O ritmo acelerado da construção civil garantiu o fechamento de R$ 60 milhões em negócios na própria feira. Como os negócios fechados no próprio evento correspondem a 10% do faturamento projetado para os 12 meses seguintes, ele acredita que os números poderão ser “ainda mais expressivos”.

A Volkswagen Caminhões e a Mercedes-Benz venderam, respectivamente cinco e seis caminhões na feira, com faturamento próximo a R$ 2 milhões. E saíram com mais 21 e 20 vendas encaminhadas. Marco Coelho, da Coelho Atacado, de São João de Meriti (RJ), prevê incremento de 20% nas vendas. Além da exposição de produtos de 14 fabricantes, ele atraiu 1.500 lojistas de material de construção de todo o país com a realização de sorteios, incluindo um Fiat Uno Mille. Cláudio Martins, Superintendente Regional da Caixa Econômica Federal, que espalhou 37 gerentes nos dois pavilhões do Riocentro para oferecer crédito ao setor de materiais de construção, avaliou os resultados como “excelentes, com tendência a melhorar ainda mais em 2008”.

Salão da Construção Pesada -O setor da construção (civil e pesada) vive o melhor momento dos últimos 30 anos, com o boom dos financiamentos imobiliários e as obras de infra-estrutura e de investimento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que foram estimadas pelo BNDES em R$ 232 bilhões para o triênio 2008-2011. Com seu enorme efeito multiplicador, a construção civil tem forte impacto direto e indireto no emprego e na produção de toda a cadeia produtiva de insumos para o setor espalhada por todos os estados do Brasil.

Isto inclui as indústrias de cimento, cerâmica, tijolos, areia, brita, granito e mármore, petroquímica, setor de plásticos, tintas e vernizes, metalurgia (vergalhões e peças de aço, alumínio e fios para o setor elétrico, fechaduras), vidros, indústria de motores e material elétrico, aquecedores (solar, elétrico e a gás) e refrigeração, geradores e máquinas pesadas para transporte e grandes obras públicas, incluindo saneamento, casas populares, portos, estradas, ferrovias e metrôs.

Para atender às duas vertentes de forte demanda – empregos qualificados e novos produtos e equipamentos, Jerônimo Vargas anunciou duas grandes novidades para a 13ª Construir, em 2008: a montagem de um Salão da Construção Pesada na área externa do Riocentro, e a criação de Centro de Treinamento e Capacitação Profissional, uma iniciativa que já fez grande sucesso na 12ª edição, atraindo 1.800 profissionais para assistirem a palestras sobre inovações e aulas práticas para aplicação de novos produtos.

O Salão da Construção Pesada já tem mais da metade dos 20 espaços reservados e incluirá um estande do Governo do Estado do Rio de Janeiro, para a apresentação da carteira de R$ 3,5 bilhões em obras do PAC. Haverá demonstrações diárias de como operam uma nova betoneira de concreto; máquinas de extração e de corte para mármores e granitos, e ainda, tratores, caminhões e máquinas de pavimentação asfáltica, como as fabricadas pela Ticel (RS) e apresentadas por Marco Grangé, da Rentamax (RJ).

Rodadas de treinamento gratuito da Construir 2007 atraem mais de 1.800 profissionais da construção - Mais de 1.800 pessoas participaram, na última semana, das rodadas de reciclagem e treinamento gratuito oferecidas por fabricantes de materiais de construção durante a Construir 2007 – Feira Internacional da Construção, no Riocentro. Diante do sucesso da iniciativa e da carência de mão-de-obra qualificada para o setor da construção, a Escala Eventos, organizadora da feira, decidiu criar um Centro de Capacitação Profissional de 5 mil metros quadrados na próxima edição da Construir 2008.

Organizado em parceria com os principais fabricantes de materiais de construção do país, o centro terá salas de conferência e auditório. Cada empresa poderá apresentar, com auxílio de telões e demonstrações práticas, todas as inovações em matérias-primas e tecnologias de seus novos produtos. A intenção é qualificar mais profissionais em condições de atender à enorme oferta de emprego da construção, que deve se acelerar em 2008, com as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Segundo levantamento do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), do Ministério do Planejamento, há cerca de 123 mil vagas que não conseguem ser preenchidas no setor da construção por falta de profissionais devidamente habilitados para as novas demandas, seja no mercado de serviços, na indústria ou na construção civil.

Os segmentos mais interessados na promoção deste treinamento são os de material elétrico e hidráulica, que representam, cerca de 30% do custo da construção, e o de acabamento em revestimento. Muitas vezes, após a utilização de novos materiais, surgem problemas que acabam ser atribuídos ao fabricante do produto, quando, na verdade, a falha acontece por desconhecimento do profissional que executa os serviços

Semana passada, de 20 a 23 de novembro, arquitetos, engenheiros, donos de construtoras de pequeno porte, universitários e até donas-de-casa dividiram espaço com pintores, bombeiros, eletricistas, instaladores nas escolas-volantes da Tigre, Henkel e Sika e nas salas de aula da Sherwin-Williams, Amanco e Perlex montadas no espaço Coelho Atacado e Parceiros. Todos necessitados de obter melhor capacitação e de acompanhar as últimas inovações. Os cursos mais procurados foram o de instalações hidráulicas (Tigre e Amanco) e aplicação de adesivos profissionais e selantes, com dicas e consultoria de técnicos da Henkel. Somente no Tigrão, a escola-volante da Tigre, recebeu 800 pessoas. Durante todo ano, a empresa, que lança um produto a cada 15 dias, oferece cursos de qualificação para cerca de seis mil alunos. Segundo o engenheiro Eduardo Inácio, “a Tigre tem 12 instrutores técnicos contratados para este fim”.

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