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27/11/2007 - 10:46

Escola Superior de Desenho Industrial – ESDI/UERJ busca inovação e parceiros para a continuação dos projetos

A ESDI/UERJ foi eleita pela revista Business Week como uma das melhores do mundo.

Rio de Janeiro - Muito perto do burburinho de casas noturnas que leva milhares de pessoas ao samba e choro, está a ESDI, a Escola Superior de Desenho Industrial que há 45 anos habita os prédios de paredes cinzentas numa esquina da Rua Evaristo da Veiga. Lá dentro, 185 outras massas cinzentas exercem criatividade e inovação. O reconhecimento do talento ali instalado demorou a chegar, mas veio neste final de 2007 em forma de presente. A escola acaba de entrar na lista das melhores do ano da revista Business Week, ao lado de instituições como Harvard e o MIT. Os sinais internos de que algo mudou chegaram um pouco antes. No ENADE 2006, a ESDI obteve a maior pontuação nacional entre as escolas de design brasileiras. Em setembro, o Guia do Estudante da Editora Abril atribuiu cinco estrelas na categoria ao curso da ESDI. E a revista Exame de novembro dedica duas páginas aos projetos que os alunos vêm desenvolvendo. "São indicativos com origens e metodologias tão diversas, apontando para um mesmo resultado. Acho que estamos acertando o passo", diz Gabriel Patrocínio, diretor da instituição.

O feito é maior se levarmos em conta que, entre diversas escolas dos Estados Unidos, Europa e Ásia, a ESDI foi a única da América Latina citada na edição especial da revista Business Week. A reportagem da jornalista Maha Athal, de Nova Iorque, destaca o trabalho de pesquisa sobre novos materiais sustentáveis. Foi com o compensado de palmito de pupunha que a escola recebeu o prêmio IF Gold de Design, o Oscar da categoria, o único até hoje dado a uma instituição de ensino. A Feira de Milão de 2006, em seu Salone Satellite, também destacou o material. Alunos e ex-alunos que começaram o projeto dentro da escola continuam ligados à ela, agora sob a forma de empresa na Incubadora recém criada.

Instituições de ensino de design reconhecidas internacionalmente tem contribuído para a economia de seus países de origem, graças à parceria com empresas. No Brasil, companhias multinacionais já descobriram que a escola é o celeiro da inovação que elas procuram. É o caso da Microsoft, que há 4 anos leva alunos da ESDI para o seu simpósio anual e dá bolsas de pesquisas para desenvolvimento de novas tecnologias no módulo design. Já a Motorola construiu um laboratóri nas dependências da Lapa só para o desenvolvimento de modelos e protótipos criados pelos alunos. A Electrolux, que organiza um concurso internacional sobre design, premiou um grupo da ESDI.

Dentre as empresas nacionais, a Aracruz e a Embraer já colaboraram com materiais e insumos. Nem só de desenho de objetos vive o design. A escola atua fortemente na área de pesquisas e vem descobrindo desde o gosto do novo consumidor até curiosos materiais, como o bananaplac, um laminado de alta resistência feito das sobras da bananeira. Aguarda agora um financiamento do BNDes para conseguir a instalação de laboratórios que permitam a continuação dos projetos. É design de inovação, com forte conteúdo tecnológico e para todos. É uma visão tão boa quanto possível do cenário brasileiro, que une o potencial tecnológico à ecologia, o meio ambiente ao ambiente urbano.

Parece que design entrou mesmo na moda, só que desta vez, para valer. Tanto que o atual governo do Estado do Rio de Janeiro criou um grupo de estudos onde a disciplina é vista como estratégia para os futuros projetos. E a ESDI está dentro.

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