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27/11/2007 - 10:47

MEC confirma Foz como sede da futura Universidade Latino-Americana

A região da Tríplice Fronteira foi escolhida pelo governo federal para abrigar a futura Universidade Latino-Americana (Unila), instituição federal que deverá reservar 50% das suas vagas para estudantes provenientes dos países da América Latina. O seu corpo docente também deverá contar com 50% de professores visitantes.

A criação da Unila atende a uma determinação expressa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sua missão institucional será contribuir para o desenvolvimento e a integração regional. Concebida inicialmente como universidade do Mercosul, a nova instituição terá um caráter latino-americano. A Unila faz parte do Programa de Expansão do Sistema Público Federal de Educação Superior, componente do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

O compromisso assumido pela Itaipu Binacional de disponibilizar a área onde será instalado o futuro campus da Unila foi determinante para que o Ministério da Educação (MEC) decidisse favoravelmente à escolha de Foz do Iguaçu como sede da instituição. A informação foi dada pela diretora de Desenvolvimento da Educação Superior do MEC, Maria Ieda Costa Diniz ao diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek.

“Esta notícia soa como música para nossos ouvidos. Não existe lugar melhor para acolher uma universidade com essas características. Queremos ser parceiros de verdade para formar um grande pólo universitário na região, articulando as instituições que já estão presentes no Parque Tecnológico Itaipu. Temos áreas que possibilitam fazer grandes expansões”, comemorou Jorge Samek, ao receber a confirmação de que o Paraná ganhará mais uma universidade federal.

A representante do MEC e o coordenador do Instituto Mercosul de Estudos Avançados (IMEA), Hélgio Trindade, reuniram-se com o diretor-geral brasileiro de Itaipu para conhecer as áreas que poderiam ser destinadas para as futuras instalações da Unila. A reunião, realizada no escritório da Itaipu, em Curitiba, contou, ainda, com a presença do reitor da UFPR, Carlos Moreira; do diretor técnico executivo da Itaipu, Antonio Otélo Cardoso; do diretor-superintendente do Parque Tecnológico Itaipu, Juan Carlos Sotuyo; e do gerente do Departamento de Patrimônio Imobiliário da Itaipu, Luciano Veras.

O reitor da UFPR, Carlos Moreira, destacou a importância da nova universidade federal como “espaço de integração e diálogo”. Ele aplaudiu a decisão do governo federal de escolher a região da Tríplice Fronteira, geograficamente estratégica para um projeto dessa natureza. “É muito importante assegurar a independência da Unila em relação à Itaipu, que será uma grande parceria na sua implantação e consolidação”, defendeu Moreira.

Com a ratificação do compromisso de Itaipu de disponibilizar a área para a futura sede da Unila, o projeto deverá entrar agora numa fase operacional. O PTI, que já abriga o Instituto Mercosul de Estudos Avançados (IMEA), deverá disponibilizar espaço físico para o funcionamento provisório da Unila, tão logo ela seja criada.

O presidente Lula manifestou ao ministro da Educação, Fernando Haddad, seu desejo de que a primeira turma de graduação comece em 2009. A meta é chegar a 10 mil estudantes. Para agilizar o processo de implantação da nova universidade, o IMEA deverá coordenar o projeto.

Até o final deste ano, o ministro da Educação deverá designar, por meio de portaria, um Conselho Superior, com integrantes de outros países, e um Conselho Diretor encarregado da condução do processo de instalação da Unila. Futuramente, o IMEA será incorporado à estrutura da nova universidade. Parcerias com universidades brasileiras deverão acelerar a criação de cursos de especialização e de pós-graduação.

Até a próxima semana, o MEC deverá encaminhar à Itaipu uma solicitação formal de transferência para a União da área designada para implantação da nova universidade federal, entre as três opções oferecidas pela empresa binacional. De acordo com a legislação em vigor, o governo federal só pode executar obras em área de domínio da União.

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