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06/11/2013 - 06:56

Firjan: custo do trabalho no Brasil avançou 7,2% em 2012

Estudo da Federação das Indústrias do Rio revela que o valor da mão de obra no país cresceu em maior ritmo do que a produtividade.

O custo do trabalho no Brasil cresceu 7,2% apenas no ano passado, o que significa que o custo da hora da mão de obra no país avançou em maior ritmo do que a quantidade de unidade produzida. Em 2011, o avanço foi de 3,8%, o que representa alta de 11,3% no acumulado de 2011 e 2012. O Custo Unitário do Trabalho (CUT) é um inicador que mede a relação entre o custo da hora trabalhada e a produtividade do trabalhador. Os dados estão na nota técnica Custo do Trabalho no Brasil, que a FIRJAN (Feração das Indústrias do Estado do Rio) divulga nesta segunda-feira, 4 de novembro.

O crescimento do CUT significa redução da competitividade dos produtos brasileiros frente aos concorrentes internacionais. “Se os custos de produção ficam maiores, mais caro se torna o produto final”, ressalta o gerente de Economia e Estatística da FIRJAN, Guilherme Mercês. “O custo de produção no Brasil aumentou não só por conta do crescimento dos salários, mas também porque passou a ser necessário mais horas de trabalho para produzir o mesmo produto”, explica Mercês.

Em comparação com as maiores economias mundiais, o Brasil foi o único a apresentar crescimento do Custo Unitário do Trabalho entre 2004 e 2011: alta de 6%. Na França, Alemanha, Reino Unido, Japão, Coréia do Sul e Estados Unidos, o Custo Unitário do Trabalho apresentou recuo de, em média, 14,6%. Nos Estados Unidos, a queda foi de 22% no período, enquanto na Coreia do Sul e no Japão a variação foi negativa, respectivamente, em -20,1% e -18,7%.

De 15 segmentos pesquisados que integram a Indústria da Transformação, 13 apresentaram aumento no custo do trabalho. O segmento Têxtil foi o que mais cresceu no acumulado de 2011 e 2012: alta de 25,3%, seguido por Material de Trasporte (+ 21,3%) e Máquinas e equipamentos (+21%), refletindo significativa queda de produtividade dos três setores no período. Papel e Gráfica (-6,3%) e Madeira (-13,6%) foram os únicos segmentos a apresentar recuo, o que indica que a produtividade cresceu em maior ritmo do que o custo da mão de obra.

Para a Firjan, os dados confirmam a importância de políticas voltadas ao aumento da produtividade do trabalho no Brasil, o que envolve maiores investimentos em educação, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, além de maior abertura comercial e modernização das leis trabalhistas.

.[A nota técnica Custo do Trabalho no Brasil com detalhes, no link: http://migre.me/gxbS7].

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