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06/11/2013 - 07:04

ABIA assina novo acordo para redução de sódio nos alimentos

Neste quarto termo de compromisso entre governo e indústria serão contemplados alimentos como sopas, produtos cárneos e laticínios.

Brasília – Para reforçar ações de promoção de hábitos saudáveis, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA) e o Ministério da Saúde assinaram no dia 05 de novembro (terça-feira), acordo que estabelece mais uma etapa para a redução gradual da quantidade de sódio em alimentos como sopas, produtos cárneos (mortadela, presuntaria, linguiça, empanados, hamburguer, salsicha) e laticínios (queijo mussarela e requeijão). Também participaram da assinatura a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS), a Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ), o Sindicato das Indústria de Carnes e Derivados no Estado de São Paulo (Sindicarnes) e a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) – instituições parceiras da ABIA.

O termo de compromisso prevê metas nacionais, com parâmetros de redução do teor de sódio nesses alimentos, e que deverão ser adotadas pelas indústrias entre 2014 a 2017. “A ideia é contribuir para que o consumo de sódio pela população brasileira alcance as recomendações da Organização Mundial de Saúde até 2020. Com esse último acordo serão englobadas todas as categorias de alimentos definidas como prioritárias para redução de sódio”, explica o presidente da ABIA, Edmundo Klotz.

Dentro do acordo conjunto estabelecido entre o Ministério da Saúde e a indústria – que faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis – já foram assinados dois termos de compromisso em 2011 e um outro em 2012. Ao todo, esses três acordos anteriores estipularam metas para diminuição da quantidade de sódio em 22 tipos de produtos alimentícios industrializados.

A estimativa é de que essas ações anteriores permitam retirar mais de 20 mil toneladas de sal do mercado – considerando os dados estimados de consumo para 2020. Somente nessa última etapa, que inclui 13 tipos de produtos, espera-se reduzir em mais oito mil toneladas o consumo de sódio entre os brasileiros, chegando a um total de 28 mil toneladas até 2020.

“Com o acordo de redução gradual de sódio todos ganham, o governo, a população que terá acesso a alimentos mais saudáveis e a indústria por conseguir trabalhar de forma gradativa, voluntária e sem custos devido ao planejamento que torna viável a implementação do acordo”, declara o presidente da ABIA.

Levantamento da ABIA de 2013, com base em dados do IBGE, mostra que cada brasileiro consome em média 4,46 gramas de sódio por dia, o equivalente a 11,38 gramas de sal. A meta de consumo estipulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de menos da metade, ou seja, 5 gramas de sal, o que equivale a 2 gramas de sódio. Vale ressaltar que os produtos industrializados, segundo o estudo divulgado pela associação, respondem por apenas 23,8% do total da ingestão de sódio entre os brasileiros. E, com essas ações de redução do uso desse componente nas formulações, o percentual deve reduzir ainda mais.

O acordo com a indústria faz parte de uma série de ações que visam a promoção da melhoria da qualidade de vida da população. Pesquisa realizada pela Vigitel com mais de 54 mil brasileiros em 2011 revelou que a hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta. Se o consumo de sódio for reduzido para as quantidades máximas recomendadas pela OMS, os óbitos por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15% e as mortes por infarto, em 10%. Estima-se, ainda, que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explica que enfrentar as doenças crônicas envolve um conjunto de ações e o acordo para a redução do sódio nos alimentos representa um sucesso de parceria com a indústria nesse sentido. Segundo ele, em um país com 200 milhões de habitantes, com variedades de distribuição, conservação e acesso aos alimentos. não é simples pensar estratégias que permitam oferecer a essa população alimentos mais saudáveis. Qualquer medida sem o apoio da indústria de alimentos do Brasil seria difícil. “O sucesso desse trabalho foi apostar e estimular a capacidade de inovação desse setor para produzir produtos mais saudáveis”, afirmou o ministro.

Renovação – O Ministério da Saúde e a Abia também renovaram o Acordo de Cooperação Técnica, iniciado em 2007, que permitiu a reformulação da composição dos alimentos processados. Além da parceria para a redução do teor de sódio, o acordo de cooperação permitiu a retirada de 230 mil toneladas de gordura trans do mercado. Estudo da ABIA, em parceria com o governo federal, revelou que 94,6% das empresas ligadas a entidade, alcançaram a meta estabelecida em 2007, que limita a 5% de presença de gordura trans do total de gorduras em alimentos industrializados e 2% do total de gorduras em óleos e margarinas. A partir de agora, com essa renovação, serão permitidos estudos e debates para definir categorias prioritárias e estabelecer o próximo passo para redução de açúcar e gorduras saturadas.

ABIA – Principal interlocutora da Indústria da Alimentação no diálogo com o poder público, organismos internacionais e a sociedade, a associação foi fundada em 1963 e representa atualmente cerca de 70% do setor em valor de produção. Dentre as suas preocupações estão: assegurar uma legislação adequada às constantes evoluções tecnológicas do alimento processado; incentivar o uso de melhores técnicas de produção, promover o fortalecimento econômico e financeiro do setor, estimular o desenvolvimento da indústria da alimentação no Brasil, com foco no interesse do consumidor e na defesa do meio ambiente. A redução do teor do sódio dos alimentos processados está entre os temas prioritários da agenda de ações da ABIA.

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