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09/11/2013 - 08:51

Plantas medicinais e aromáticas vem sendo testadas como defensivos naturais

Folhas de louro e eucalipto no controle de caruncho (Callosobruchus sp.) em grãos e sementes de feijão, armazenados em recipientes fechados, como por exemplo garrafas PET, pó das folhas e talos de alecrim-pimenta) inibindo a postura dos ovos do caruncho em feijão caupi e o óleo essencial de capim limão diminuindo a incidência de fungo de armazenamento em sementes de milho, graças ao composto citral presente, e que permanece ativo por até 210 dias após a aplicação. Essa é uma linha de pesquisa que a Embrapa Meio Ambiente vem desenvolvendo para uma diminuição do uso de agrotóxicos na agricultura.

Já é possível encontrar alguns produtos comerciais à base de produtos naturais , entre eles o óleo de alho e onim (Azadirachta indica). O óleo de alho tem aplicabilidade no controle do míldio, brusone, mancha de Alternaria, ferrugem, mancha de Helminthosporium. O nim tem como principal ingrediente ativo a azadiractina, que possui ação repelente, ovicida, larvicida, inibe a alimentação causando atraso no crescimento, dentre outros. Seu extrato tem ação nematicida, bactericida e fungicida.

Além do uso de extratos e óleos essenciais, a pesquisa também tem tido relatos que o uso de plantas medicinais como espécies companheiras em consorciação com outras culturas pode auxiliar no controle fitossanitário das lavouras. O plantio do tomate juntamente com cravo-de-defunto (Tagetes erecta) reduz significativamente os danos causados pela pinta-preta (Alternaria solani) na cultura. O cravo-de-defunto também é muito utilizado para o controle de nematóides, mosca-branca e afídeos. O consórcio do manjericão (Ocimum basilicum) com o tomate auxilia na repelência de pragas. A urtiga (Urtica spp.) é repelente do percevejo-do-tomate (Phthia picta). A mucuna-preta (Mucuna sp.), em consórcio com o milho, reduz em mais de 90% a instalação dos gorgulhos nas espigas. O alecrim (Rosmarinus officinalis) é utilizado como repelente para o curuquerê-da-couve (Ascia monuste orseis) e moscas da cenoura; a hortelã (Mentha spp.) é utilizada como repelente de formigas e curuquerê-da-couve. Já o consórcio com a Erva-de-Santa-Maria (Chenopodium ambrosioides) repele pulgões e outros insetos. O coentro atrai as joaninhas, que são inimigas naturais de vários insetos predadores e de alguns ácaros de relevância agronômica.

É importante ressaltar que os defensivos naturais, apesar de serem provenientes de princípios ativos de plantas, devem ser utilizados com critério, não devendo ser usados meramente como substituto aos agrotóxicos. Não é isto que se busca. A incidência de insetos e patógenos nas culturas é indicativo de desequilíbrio ecológico e/ou nutricional. Deve-se procurar corrigir as causas dos problemas fitossanitários das lavouras, utilizando-se destes produtos, quando realmente forem necessários.

A observação da presença de plantas indicadoras no ambiente de cultivo, a correção do solo com adubos orgânicos, a preservação dos inimigos naturais e diversificação da cultura devem ser práticas constantes para termos realmente um controle fitossanitário eficiente e alimentos saudáveis.[www.embrapa.br ].

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