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13/11/2013 - 07:20

Novo estudo revela que a falta de investimento enfraquece o futuro da metalmecânica em América Latina, aponta Alacero

Lima, Perú - Como parte das atividades do Congresso Latino-americano de Aço, Alacero- 54, o Dr. Germano Mendes de Paula apresentou o trabalho de pesquisa: “Cadeia Metal-mecânica na América Latina: dinâmica dos investimentos”, que foi realizado em 2013 por iniciativa da Alacero.

Investimentos -A nível macroeconômico, o estudo adverte a baixa taxa de investimento em proporção ao PIB na região, que é cerca do 20% nos países selecionados para o estudo (Argentina, Brasil, Colômbia e México). Mas, acima de tudo, revela a extremamente baixa participação da cadeia metal-mecânica nos investi­mentos manufatureiros nesses países, ao comparar seus números com outras economias. “Ao contrário da América Latina, China e Coreia do Sul mantiveram altos níveis de investimento nos últi­mos 20 anos e estão entre os dez primeiros exportadores metal-mecânicos no nivel global. No passado, os países da Europa Central mostraram níveis semelhantes de desenvolvimento aos da América Latina. No entanto, após a adopção de políticas adequadas, estes países têm sido capazes de alcançar um bom des­empenho no setor industrial”, disse o Dr. Mendes De Paula.

Outra conclusão do estudo é a necessidade de uma mudança qualitativa na composição dos investi­mentos do setor metal-mecânico a fim de promover a aquisição de bens de capital. Enquanto na Coréia do Sul, a participação de bens de capital alcançou uma média de 69% no período analisado, Argentina y México não excederam o 20%. Estes resultados vêm da análise das estatísticas de cada país e do desenvolvimento de uma base de da­dos propia sobre potenciais investimentos na cadeia metal-mecânica. Os mais amplos níveis da economia observa-se um aumento da participação dos setores das maquinárias, equipamentos e material de transporte sobre o investimento total. Embora o problema básico continua sendo a baixa proporção de investimento sobre os PIBs nacionais.

O estudo também relata a crescente dependência dos países analisados na produção externa desses bens, o que é consistente com o baixo investimento por parte dos produtores locais de bens de capital. Em 2011, cerca do 67% das importações metalmecânicas da América Latina foram compostas de equipamentos mecânicos e elétricos. No entanto, especificamente observando o fluxo de produtos metal-mecânicos que vem da China para a região, a concentração nessas áreas cresce para 88%.

A este respeito, o Dr. Mendes de Paula disse: “Este fenômeno pode também ser interpretada como uma oportunidade de crescimento para a indústria por meio da substituição de importações, se for dado os estímulos e as circunstâncias apropriadas”.

Comercio internacional - Nos últimos dez anos, o fluxo internacional de produtos metal-mecânicos duplicou o seu valor em termos absolutos e representa hoje o 35% das exportações de bens a nível mundial. Os dez maiores exportadores respondem pelo 70% desse fluxo, e China já tem uma participação de 15,5%. Em produtos metal-mecânicos, China passou de um déficit de US$ 15 mil milhões em 2003 para um superávit de US$ 304 mil milhões em 2012, e Coreia do Sul aumentou seu superávit em 230%. Enquanto isso, os países selecionados da Europa Central melhoraram consideravelmente suas exportações líquidas.

Durante este mesmo período, Argentina, Brasil, Colômbia e México, tomados em conjunto, passaram de um comércio líquido igual a “zero” em 2003 para importações líquidas por US$ 67 mil milhões em 2012. No comércio bilateral com a China, o déficit de produtos metal-mecânicos nos países da América Latina subiu de US$ 8 mil milhões em 2003 para US$ 71 mil milhões em 2012.

No entanto, deve notar-se o caso do México, com uma tradição metal-mecânica exportação para os Estados Unidos fica no grupo dos dez maiores exportadores, com uma participação de 3,1% ao nivel global, e expandiu seus superávits setoriais desde US$ 10 mil milhões em 2003 para US$ 28 mil milhões em 2012.

Assim, esta nova edição veio confirmar que uma das principais ameaças para a cadeia metal-mecânica é o crescente déficit comercial com a China, como havia sido revelado pelo estudo apresentado em 2012. Este trabalho, com base na matriz de insumo-produto de cada país, conseguiu quantificar que para cada 1 milhão de dólares em importações de produtos metalmecânicos, se perdem entre 46 e 64 postos de trabalho (diretos, indiretos e induzidos), de acordo com o país em questão.

Além disso, os estudos apresentados nos anos anteriores evidenciaram a grande importância da cadeia metal-mecânica para a sustentabilidade das economias dos países estudados. Através da observação de informações econômicas e das matrizes de insumo-produto, concluíram que a cadeia metal-mecânica representa cerca de 16% do PIB industrial, gera empregos de alta qualidade, apresenta fortes ligações para frente e efeitos multiplicadores. Traz mais de quatro milhões de empregos diretos e cerca de 20 milhões de empregos indiretos na Argentina, Brasil, Colômbia e México.

O sumário executivo do estudo “Cadeia Metal-mecânica em América Latina: Dinâmica de Investimentos”: Acerca del Dr. Germano Mendes de Paula -Germano Mendes De Paula es profesor de Economía en la Universidad Federal de Uberlandia (UFU). Bachiller en Economía de UFU (1987). Máster en Ciencias y Doctor en Ciencias en Economía Industrial y Tecnológica de la Universidad Federal de Río de Janeiro (1992 y 1998). Investigador Visitante en Economía (Post-Doctorado) en la Universidad de Oxford, Reino Unido (1999) y en la Universidad de Columbia, Estados Unidos (2013). Desde 1989 se ha dedicado a estudiar la industria global del hierro y del acero. Sus principales publicaciones comprenden ocho libros (dos como editor), 19 capítulos de libros y más de 300 artículos. Su último libro titulado “Acero Latinoamericano: una retrospectiva en 101 ensayos”, fue publicado en 2012 por Quartz Business Media en el Reino Unido.

Perfil - Alacero (Asociación Latinoamericana del Acero) – É uma entidade civil sem fins lucrativos que reúne a cadeia de valor do aço da América Latina para fomentar os valores de integração regional, inovação tecnológica, excelência em recursos humanos, responsabilidade empresarial e sustentabilidade sócioambiental. Fundada em 1959, é formada por 45 empresas de 25 países, cuja produção é de aproximadamente 70 milhões anuais- representando 95% do aço fabricado na América Latina. Alacero é reconhecida como Organismo Consultor Especial para as Nações Unidas e como Organismo Internacional Não Governamental por parte do Governo da República do Chile, país sede da Secretaria Geral.

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