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13/11/2013 - 08:02

TÜV Rheinland cria o Selo Rodovias Verdes

Certificação voluntária propõe iniciativas ecologicamente corretas que contribuem para a viabilidade do negócio e têm custo menor.

A TÜV Rheinland do Brasil, subsidiária de um dos maiores grupos mundiais de certificação, inspeção e gerenciamento de projetos, acaba de lançar o Selo Rodovias Verdes, certificação na área de design, construção e operação de rodovias, que quantifica os atributos sustentáveis de projetos de autoestradas.

A subsidiária brasileira do grupo TÜV Rheinland é a única que oferece esse serviço no País, e que concede o selo em território nacional. O Selo Rodovias Verdes foi desenvolvido com base nos principais protocolos existentes para o setor, como o americado Greenroads e o europeu Certivea Route Durable, e destina-se às rodovias novas e também às já existentes.

Por quase um ano a equipe de profissionais da TÜV Rheinland do Brasil realizou estudos e pesquisas para a criação do Selo, considerando as duas certificações internacionais e adicionando aspectos da realidade brasileira, como a questão da responsabilidade social – a qual inclui boas práticas trabalhistas, como funcionários com registro em carteira, obrigação do uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) e combate ao trabalho infantil.

Para as concessionárias, o Selo de Rodovias Verdes define quais atributos contribuem para a sustentabilidade da rodovia, fornece uma ferramenta de responsabilidade socioambiental e também estimula o mercado para as práticas e produtos sustentáveis. Por exemplo, colabora com o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), o instrumento que mede os aspectos de sustentabilidade corporativa das empresas listadas na BMF&Bovespa.

“Desenvolvemos esta certificação em um momento muito propício, pois há cada vez mais concessões de rodovias por parte do governo, por meio das PPPs”, observa Rita Toscano, a arquiteta e coordenadora da área de construção sustentável da TÜV Rheinland do Brasil.

Segundo ela, até 2016, o BNDES planeja liberar cerca de R$ 90 bilhões em linhas de crédito para a construção de novas rodovias e manutenção de estradas já existentes no País.

“Agora que o selo foi oficialmente lançado, temos planos de certificar pelo menos cinco rodovias até o primeiro semestre do ano que vem, pois as concessões duram pelo menos 35 anos, e neste longo período é fundamental que as concessionárias concebam as questões sustentáveis na construção, manutenção e operação das rodovias”, explica Rita Toscano.

Além de propor voluntariamente iniciativas ecologicamente corretas para as rodovias, a certificação está diretamente ligada à viabilidade do negócio, pois cálculos comprovam que as construções sustentáveis são menos custosas sob os aspectos de manutenção e operação, além do benefício que oferecem aos usuários. “As concessionárias não podem depender apenas da arrecadação do pedágio para garantir o sucesso do negócio, devem também mitigar gastos de operação e manutenção com soluções sustentáveis”, afirma a especialista.

As soluções propostas pelo Selo Rodovias Verdes incluem ações de eficiência energética - como a instalação de lâmpadas econômicas nas praças de pedágio e nos postes de iluminação ao longo da rodovia, e captação de energia solar -; de gestão da água, com o reaproveitamento da água das chuvas; a utilização de componentes recicláveis (borracha de pneu) no pavimento; a construção de acostamentos permeáveis e o uso de combustíveis limpos ou alternativos nos veículos de operação.

Estas e outras ações reduzem de 15% a 30% os gastos com manutenção e operação das rodovias, sendo um montante significativo ao longo de mais de três décadas, bem com mitigam emissões GEE (Gases de Efeito Estufa) e minimizam a utilização de recursos naturais.

“Os estudos e pesquisas para o desenvolvimento do selo contemplaram diagnósticos sob a ótica sustentável de algumas rodovias paulistas. Nossa conclusão foi a de que hoje já existem práticas que garantiriam a certificação básica dessas estradas. Porém, essas práticas precisam ser valorizadas, mensuradas e validadas por uma terceira parte, além de ampliadas, permitindo upgrades das ações sustentáveis que possam incrementar as gestões e os negócios”, afirma Rita.

Os requisitos - O Selo de Rodovias Verdes considera quatro níveis de certificação, sendo o básico, o prata, o ouro e o platina. Para conquistá-los, as rodovias precisam estar em dia com os pré-requisitos, como possuir EIA-RIMA e planos de gerenciamento de resíduos, mitigação de ruídos, prevenção da poluição e controle de qualidade, entre outros, além de conquistar créditos voluntários e customizados pelo cliente.

Os créditos na área de Água e Ambiente contemplam diversas ações como a adoção do sistema de gerenciamento ambiental (ISO 14000 ou similar); a redução de emissões de tráfego na área de Acesso e Equidade; o uso de pavimento frio com borracha de pneu reciclada na área de Tecnologia de Pavimentos; o desenvolvimento de um plano para crises como greves, manifestações ou inundações na área de Gestão de Risco; e a implementação da eficiência energética na área de Materiais e Recursos.

O Grupo TÜV Rheinland é um dos maiores em certificações no mundo. Fundada na Alemanha há mais de 140 anos, a organização tem uma trajetória marcada pela seriedade, profissionalismo e independência. Há cerca de 40 anos, iniciou seu processo de internacionalização, a partir da Europa. Desde então, a rede não parou de crescer. A marca TÜV Rheinland está presente em milhares de produtos ao redor do mundo, garantindo que são seguros para usuários e consumidores.

No Brasil, a empresa possui por volta de seis mil certificações ativas, atendendo a mais de 1.500 clientes dos mais diversos setores. É uma empresa acreditada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), do Ministério das Comunicações, e pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) em mais de 100 escopos diferentes, tendo forte atuação junto aos setores de telecomunicações, tecnologia da informação, eletrodomésticos, máquinas, produtos médicos, produtos mecânicos de recreação e domésticos; produtos alimentícios, indústria automobilística e de autopeças, entre outros.

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