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13/11/2013 - 08:34

Quando a iluminação externa ameaça a segurança

A tendência de criar áreas abertas em shopping centers e utilizar fachadas de vidro em agências bancárias e escritórios cria novos desafios para o sistema de segurança.

Num projeto arquitetônico, as decisões estéticas e funcionais que determinam as condições de iluminação num ambiente também interferem na segurança do espaço. Para alguns clientes, como uma joalheria, a segurança é um elemento crítico para o negócio, e o projeto criado para esses locais precisa ser consciente sobre as implicações de cada escolha.

Quando uma câmera está instalada numa área externa ou mesmo voltada para uma área externa, haverá variação de iluminação no ambiente. É isso o que acontece, por exemplo, quando a câmera dentro de uma agência bancária está voltada para a fachada de vidro, tendo que lidar com toda a variação de intensidade de luz ao longo do dia. Ou quando está no interior de uma loja monitorando quem passa pela vitrine. Devido a uma exposição muito alta à luz, as imagens capturadas durante o dia podem parecer saturadas. O mesmo vale para lojas com fachadas abertas, sem vidro.

Para complicar, é possível inclusive ter uma fonte de luz extremamente intensa e breve contra a câmera, a exemplo de um elevador ou a entrada de um estacionamento. Essas são situações bastante desafiadoras para uma câmera que precisa capturar imagens para fins de leitura de placas, visualizando bem tanto os objetos situados atrás da fonte de luz quanto à sua frente, ou caso a câmera precise saber quem entrou no elevador junto com toda a luz externa quando a porta abriu. Por conta dessa passagem abrupta da escuridão à luz intensa, os objetos em diferentes planos podem aparecer com altíssimo contraste, o que piora a qualidade da imagem.

Nesses cenários, o tempo de resposta da câmera para se ajustar à nova condição de iluminação é crítica. Se a câmera passar 3 ou 4 segundos para equilibrar a imagem, provavelmente a pessoa já entrou no elevador e deu as costas para a lente.

Na verdade, essas situações são mais comuns do que costumamos pensar. Com a tendência hoje de escritórios com plantas abertas e janelas extensas, a câmera precisa fazer uma captura dinâmica da luz para oferecer uma compensação imediata. Shopping centers têm ganhado muita comunicação visual com o mundo externo, seja por meio de vidro ou áreas abertas. E nada mais comum do que estacionamentos com baixos níveis de iluminação interna.

Quando a luz solar incide diretamente, podem-se criar sombras profundas e indesejáveis. Isso ocorre com frequência em aplicações de transportes, como em aeroportos. Imagine um trem que faz o trajeto entre terminais alternando entre ambientes sobre a superfície (luz natural direta), nas plataformas (luz artificial abundante) e em túneis (luz escassa).

Também em caso de atividade criminal registrada por essas câmeras, é essencial que a imagem possa ser utilizada para identificar pessoas, objetos e veículos em questão. O detalhe pode ser facilmente perdido quando uma imagem está sobre ou sub exposta devido à incapacidade de a câmera deixar todos os aspectos da cena visíveis. Há portanto uma necessidade de câmeras de segurança que trabalhem eficientemente em áreas escuras e extremamente brilhantes, em situações mais comum do que costumamos pensar.

Atualmente, a tecnologia mais avançada disponível no mercado para responder a essas condições desafiadoras de iluminação se chama Wide Dynamic Range (WDR) com dynamic capture, ou Amplo Alcance Dinâmico com captura dinâmica. Qual é a mágica? Basicamente, a câmera capta várias imagens com tempos diferentes de exposição, e em seguida realiza um processamento avançado. Assim, nenhuma parte da imagem sai escura ou clara demais.

Naturalmente, a importância dessa tecnologia depende do uso. Para agências bancárias, shoppings, lojas, escritórios e qualquer ambiente que recebe luz externa, ela faz toda a diferença para aprimorar a qualidade de imagem. Em todos os casos, o WDR com captura dinâmica representa um passo à frente no caminho para um mundo mais seguro e inteligente.

. Por: Sergio Fukushima, gerente técnico da Axis para a América do Sul.

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