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28/11/2007 - 08:57

Eike da OGX diz que blocos em leilão da ANP "saíram barato"

Rio de Janeiro - O empresário Eike Batista, que comanda o grupo ao qual está ligada a OGX, grande destaque do leilão de blocos de petróleo do governo, afirmou que não considerou elevados os valores desembolsados pela empresa na disputa, acrescentando que a estratégia esteve embasada em dados técnicos.

"Montamos uma estratégia de avaliação em relação ao potencial de barris que devemos descobrir. No final, achamos barato", disse ele, ao comentar o investimento de cerca 1,4 bilhão de reais da empresa no leilão de blocos de petróleo e gás.

"Achamos que vamos conseguir um barril a 80 centavos de dólar, e isso relacionado ao valor que pagamos daria cerca de 2 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo mais gás)", declarou Batista, explicando em teleconferência a um grupo de jornalistas que o potencial dos blocos compensa o investimento.

Segundo Batista, com a vitória obtida no leilão, a estreante OGX passa a ser a segunda maior empresa em áreas de exploração de petróleo e gás no país.

A OGX liderou os lances financeiros da nona rodada promovida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A empresa fez ofertas totais no valor de cerca de 1,4 bilhão de reais por 6.437 quilômetros quadrados de áreas a serem exploradas nas bacias de Santos, Campos, Pará-Maranhão e Espírito Santo.

"Nós conseguimos 21 dos 23 blocos que pretendíamos comprar, isso faz a OGX nascer grande", afirmou ele.

Número de sorte - O empresário brincou com o fato de ter incluído o número de sua lancha de corrida, o 63, nos valores finais de todos os lances que apresentou.

"Algum uso eu tenho que dar para minha lancha de corrida", afirmou Batista, que não participa de competições com a embarcação.

Ele disse que não sabe se poderá visitar as plataformas da nova empresa com a lancha, mas garantiu que manterá a tradição de usar o número 63 no final de todas as ofertas de possíveis negócios, como ocorreu no leilão da ANP. A OGX, do grupo EBX, comandada pelo ex-presidente da Petrobras Francisco Gros, foi criada especialmente para participar do leilão. A companhia seguirá, segundo Batista, a mesma estratégia da MMX, empresa de mineração do grupo, que depois de agregar valor aos seus ativos abriu capital no mercado.

"Vamos ficar alguns meses fazendo o trabalho de sísmica, novas avaliações e trabalhos em terceira dimensão, para agregar valor, e mais tarde abrir o capital, chamar sócios", explicou o empresário.

Ao ser questionado se a busca da empresa está mais focada em gás ou petróleo, ele afirmou que a OGX visa os dois combustíveis, "mas que o gás traz sinergia para os nossos negócios".

Sobre a oferta recorde de 344 milhões de reais feita por um bloco na bacia de Santos, o empresário explicou que o lance foi baseado em avaliação técnica.

"O pessoal técnico tem estudos que indicam potencial de descoberta de gás e petróleo."| Por: Denise Luna/Reuters.

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