Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

15/11/2013 - 07:28

Ovinocultura de corte

Mercado é lucrativo, mas requer atenção redobrada quanto à sanidade.Tema foi amplamente discutido durante congresso em Jaguariúna (SP).

Com preços mais aquecidos, é grande a movimentação de novos investidores na ovinocultura de corte. O cenário atraente exige cautela, principalmente quanto à sanidade. Ovinos são naturalmente acometidos por parasitas gastrointestinais, uma das principais causas de prejuízo econômico na produção de pequenos ruminantes. "Só na África do Sul e Austrália, as perdas chegam a US$ 200 milhões/ano", comentou Andréia Buzatti, Mestranda em Ciências Veterinárias pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), durante o 1º Congresso Nacional de Ovinos de Corte - ConCcorte, em Jaguariúna (SP).

Segundo a especialista, mesmo com impactos tão negativos na rentabilidade, este é um problema pouco avaliado por técnicos e produtores, especialmente quando envolve sinais clínicos leves. Dentre os parasitas mais preocupantes, está a Haemonchus Contortus, que acomete tanto animais jovens quanto adultos. Hematófago, quando em fase adulta, é capaz de sugar, em média, 0,05 ml de sangue por dia. "Considerando uma infestação de 5.000 indivíduos, a perda sanguínea diária seria de 250 ml/dia, índice que resulta em anemia profunda ou até morte súbita em casos de infecções agudas", explicou.

Medicamentos anti-helmínticos são vistos erroneamente por muitos produtores como a única ferramenta de controle eficaz. Quando se utiliza o produto de maneira indiscriminada, sem respeitar intervalos necessários ou em dosagem exageradas, acaba contribuindo para a seleção de parasitas cada vez mais resistentes. A doutora estima que o custo da resistência parasitária é equivalente a 10% do valor individual dos animais.

Para contornar a situação, e até mesmo aumentar a vida útil dos medicamentos, o produtor pode incorporar ao controle químico, entre outros manejos, o método FAMACHA© (tratamento individual e seletivo), que permite identificar e tratar apenas animais com anemia, facilmente observada na mucosa ocular. Considerando que 95% da infestação encontram-se no ambiente, o manejo de pastagem torna-se imprescindível, cujos resultados são potencializados com a implantação do sistema rotacionado e semiconfinamento.

Andréia recomenda que o programa sanitário de qualquer propriedade baseie-se também em resultados de exames de OPG (Contagem de Ovos Grama de Fezes). Neste método, amostras de fezes são coletadas diretamente dos animais e encaminhadas para análise laboratorial. Porém, os resultados obtidos não devem ser considerados isoladamente e mas sim associados à sinais clínicos e também e o método FAMACHA©. "Dessa forma o produtor conseguirá um correto diagnostico e também saber quando o tratamento é necessário", disse. | www.abcdorper.com.br .

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira