Artistas recriam monumentos capixabas em cerâmica

Forte de São Francisco Xavier e Farol de Santa Luzia foram escolhidos para o projeto que faz parte da Lei Vila Velha Cultura e Arte. O lançamento aconteceu no dia 26 de novembro (terça-feira), em Vila Velha

O projeto ‘Perpetuando história através da arte’, das artistas Elaine Sohelo e Mariana Barroso Martelo, chega ao seu grande momento nesta terça (26), às 15h, com a solenidade de entrega dos painéis de cerâmica dos monumentos Forte de São Francisco Xavier e Farol de Santa Luzia, que será realizada na Prefeitura de Vila Velha. Na ocasião, estarão presentes o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda, a secretária de Cultura e Turismo, Simone Modolo, e Alvarito Mendes, coordenador da Lei Vila Velha Cultura e Arte.

Contempladas na Lei Vila Velha Cultura e Arte de 2012, as artistas ficaram cerca de três meses confeccionando os painéis, que ficarão expostos permanentemente no hall de entrada da Prefeitura de Vila Velha e passarão a fazer parte do Patrimônio Artístico Cultural do Município. Segundo a ceramista Mariana Barroso Martelo, em cada painel produzido foram utilizados 70 quilos de barro, moldados a partir de técnica específica para o trabalho com argila. O objetivo do projeto é produzir arte a partir de ícones de expressiva importância no contexto histórico de Vila Velha, porém de menor visibilidade.

“O tempo se encarregou de tornar alguns monumentos de Vila Velha mais conhecidos do que outros, tornando importante o resgate daqueles menos lembrados para a devida valorização. Acreditamos que imortalizá-los em painéis cerâmicos contribuirá positivamente para o alcance desse objetivo, uma vez que a arte é o meio de comunicação que mais propaga a história da humanidade ao longo dos tempos e as peças cerâmicas são as que mais contribuíram, devida sua durabilidade, praticidade e simplicidade de linguagem”, conta a artista plástica Elaine Sohelo.

As artistas - Formada em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Elaine Sohelo já desenvolveu inúmeros projetos com argila. Durante a graduação, foi monitora em cerâmica através do Programa Integrado de Bolsas para Estudante de Graduação (Prograd) da Ufes. Em 2003, participou como instrutora do projeto ‘Oficinas de iniciação profissional: formação pelo trabalho para o trabalho’, atividade de extensão da Ufes em parceria com a Ação Social do Espírito Santo (ACES) e o projeto Girassol. Em 2011, ministrou a palestra ‘Mosaico de Argila’ no 8º Congresso Nacional de Técnicas para as Artes do Fogo, em São Paulo. Ainda em 2011, foi instrutora do projeto ‘Cerâmica na Ilha’, realizado no Mercado São Sebastião, em Vitória.

A ceramista, que faz parte da Associação de Ceramistas do Espírito Santo (Cerames), participou de 12 exposições coletivas no Estado, entre elas a "Universo Artístico Capixaba em Pequenos Painéis", que foi realizada em 2012, na Galeria Homero Massena. Além disso, fez parte de uma mostra coletiva no Rio de Janeiro, em 2013, no Museu do Desporto na Urca, onde foi premiada com o troféu Mazzeredo de escultura.

Já Mariana Barroso Martelo é formada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) quando participou da sua primeira exposição coletiva “Chaleiras” (2001) no parque da Pedra da Cebola. Junto à Cerames participou de várias feiras e eventos realizados dentro e fora do Estado, como Casa Cor e Feincartes, no Espírito Santo; Gift Fair, em São Paulo; e Feira Mãos de Minas, em Belo Horizonte; como também da exposição de Arte “A Cerâmica Modela a Cultura Capixaba – 2011”.

A Mariana foi presidente da Cerames por dois mandatos, de 2007 a 2011. Atualmente, integra o Conselho Municipal de Política Cultural de Vitória e o Conselho da Federação dos Artesãos do Espírito Santo (Feartes). Ao todo, Mariana possui sete peças em exposição pública, entre elas o painel ‘Carmélia’ que está localizado na Secretaria Municipal de Cultura de Vitória e o painel ‘O Tempo’ no Instituto Jones dos Santos Neves.

As ceramistas se conheceram durante as oficinas de cerâmica na Ufes e, desde então, participam juntas de exposições coletivas. A mostra ‘Perpetuando história através da arte’ simboliza a primeira vez que as artistas se unem para uma exposição em dupla.