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28/11/2013 - 06:58

IABr projeta crescimento nas vendas dos produtos siderúrgicos de 4,4% em 2014


23,9 toneladas que devem estar atendendo as demandas das concessões aeroportuárias, infraestrutura e setor automotivo, o aumento das exportações que atenderá o mercado internacional que dá sinais de recuperação, e um incremento da produção do aço bruto.

2013 deve fechar com importações de produtos siderúrgicos em 3,8 milhões de toneladas, queda de apenas 0,5% em relação a 2012. A previsão anterior do Instituto Aço Brasil (IABr) era de que cairiam 14,4% este ano. “O mês de outubro foi recorde em importação de produtos siderúrgicos desde 2010, o que demonstra que a apreciação ocorrida no dólar não foi suficiente para que as mesmas diminuíssem no ritmo esperado. Isso se deve em grande parte ao fato do dólar ter se apreciado também em relação a outras moedas e aos artifícios utilizados pelos importadores (fuga de NCMs)”, disse o presidente do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, durante coletiva com os jornalistas no dia 27 de novembro (quarta-feira).

As importações indiretas de aço [contido em bens como máquinas e veículos automotores] também aumentaram (17,4%) e alcançaram 4,7 milhões de toneladas de janeiro a outubro de 2013. Devem fechar o ano em 5,7 milhões de toneladas, outro recorde. O saldo da balança de comércio indireto terá déficit também recorde de 2,8 milhões de toneladas.

"O fator China é fundamental, por lá reina o subsídio, é muito difícil competir com os preços chineses", observou o executivo.

“O desempenho das vendas de produtos siderúrgicos até outubro surpreendeu positivamente. A previsão é fechar o ano com aumento de 6,1% nas vendas (22,9 milhões de toneladas). O maior responsável por essa melhora é o setor automotivo, cuja produção subiu 12,4% no período de janeiro a outubro, segundo dados da Anfavea. A projeção de crescimento para consumo aparente (vendas+ importações) foi, então, revisada de 3,2% para 5,7% diante do quadro surpreendente das vendas e das importações”, destacou Lopes.

(esq./dir.) Albano Chagas Vieira, presidente do Conselho Diretor; Benjamin Mário Baptista, vice-presidente do Conselho Diretor e Marco Polo de Mello Lopes, presidente do IABr

Cabe ressaltar, entretanto, que é sabido que parte dos produtos vendidos/importados estão estocados no momento, ou seja, boa parte do “consumo aparente” não foi efetivado em “consumo real”, frisou Polo.

A produção de aço bruto deverá atingir 34,5 milhões de toneladas este ano, aproximadamente o mesmo número de 2012. Além disso, as exportações do aço brasileiro devem ser de 8,4 milhões de toneladas em 2013, queda de 14,8% em relação ao ano passado, ainda reflexo do excesso de capacidade no mercado internacional e da perda de competitividade dos nossos produtos devido ao elevado custo Brasil.

De acordo com Marco Polo, um estudo feito pelo IABr apontou uma enxurrada de importados no mercado brasileiro. E de acordo com este levantamento, se não forem adotadas medidas de proteção, como por exemplo aumento nas alíquotas de importação. O IABr calcula que em 2022 os itens importados podem responder por 58% do consumo final do aço no País, isso poderá causar uma onda muito negativa no setor, a saída seria conter o ritmo das compras externas, e evitar a queda livre das exportações.

“ As importações de aço contém dribles e manobras para entrar no Brasil. Desde adicionar boro (química) para entrar em lista que paga menos imposto, até pegar uma placa, fatiar e então, entrar com uma alíquota mais baixa. Há falta de fiscalização”, informou o executivo.

O setor se ressente da falta de medidas de proteção como o estabelecimento de sobretaxa na importação. O Ministério da Fazenda decidiu não renovar este ano a lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), que inclui dez produtos siderúrgicos. Há ainda a falta de fiscalização de artifícios usados por importadores para fugir da taxação.

Segundo Marco Polo, o mundo tem um grande excedente de aço, e passa por uma desindustrialização.

Religação de alto-forno em Tubarão - De acordo com o presidente da ArcelorMittal Benjamin Baptista, a siderúrgica retoma produção no seu terceiro alto-forno na usina de Tubarão, Espírito Santo, em junho de 2014.

Desde 2008, a planta de Tubarão opera com dois dos três alto fornos. A unidade capixaba da empresa tem capacidade para produzir cinco milhões de toneladas de aço por ano. Com a terceira unidade, a capacidade sobe para sete e meio milhões de toneladas por ano. E deverá operar em plena carga.

“A perspectiva é de um maior crescimento das economias norte-americana e europeia, principais consumidoras globais de placas de aço. A indicação é que a economia americana vai ser melhor em 2014, e a Europa saia do fundo poço”, observou Benjamin.

Perspectivas para 2014 - As projeções para 2014 são otimistas com a perspectiva da queda das importações devido à possível desestocagem, aumento das exportações face à suave recuperação do cenário internacional e incremento da produção de aço bruto. As vendas devem crescer 4,4% e o consumo aparente, 3,2%. A possível redução da produção de automóveis [normas de segurança se tornarão mandatórias e acaba o IPI reduzido para autoveículos] deverá ser compensada pela alta de consumo na construção civil. A perspectiva é que a oferta aumente em mais 182 milhões de toneladas até 2015.

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